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Brasil não tem direito de crescer menos que a média mundial, diz Haddad

Na cerimônia do prêmio MELHORES E MAIORES, ministro da Fazenda disse esperar que país inicie novo ciclo de desenvolvimento de longo prazo

Fernando Haddad: ministro da Fazenda participou da cerimônia de premiação MELHORES E MAIORES, da EXAME (Eduardo Frazão/Exame)
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 13 de setembro de 2023 às 22h29.

Última atualização em 13 de setembro de 2023 às 22h49.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse esperar que o Brasil esteja começando um ciclo de crescimento sustentável para os próximos anos, apoiado no controle de gastos públicos, nos benefícios da Reforma Tributária e no aprendizado de lições do passado recente.

"Este país não pode crescer menos que a média mundial. Não temos o direito de oferecer para a sociedade menos do que um crescimento superior à média mundial, com tudo o que o destino colocou nas nossas mãos. Temos o povo brasileiro, as riquezas naturais, nossas tradições culturais. É muita coisa para desperdiçar este momento", disse Haddad, no palco da cerimônia do prêmio MELHORES E MAIORES, na noite desta quarta-feira (13), em São Paulo.

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"Estou muito otimista, espero que tenhamos um ciclo longo, depois de dez anos de muita dificuldade. Quem viveu na pele, 2013 a 2022, muitos desafios, alguns criados artificialmente, outros desafios externos que nos abateram, mas aquilo que a gente tinha de aprender a gente tem que ter aprendido. Agora é hora de colher os frutos, nos entendermos para o bem da nossa sociedade e voltarmos a pensar em uma grande nação", prosseguiu o ministro.

Haddad participou de um bate-papo com Mansueto Almeida, economista-chefe no banco BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME). Na fala inicial, Mansueto destacou que o Brasil teve melhora de vários indicadores ao longo do ano, como queda no dólar frente ao real, baixa na inflação e crescimento do PIB acima do previsto.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com Mansueto Almeida, economista-chefe no banco BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) (Eduardo Frazão/Exame)

O ministro disse considerar que uma das razões para a melhora dos indicadores ao longo de 2023 foi que o governo agiu rápido na economia, desde a posse. "Se a gente tivesse demorado, esperado para ver o que ia acontecer, teria perdido o bonde. Desde janeiro, foi um compasso de medidas cronologicamente organizadas, para gerar na sociedade a sensação de quem estava à frente da área econômica sabia o que o investidor e o trabalhador esperavam", comentou.

Em sua fala, Haddad disse que o governo Lula anunciará um plano de transição energética na próxima semana, para atrair mais investimentos no Brasil, e reafirmou esperar que a reforma tributária seja aprovada até outubro. Ele elogiou a atuação do Congresso desde a transição de governo e destacou o papel dos líderes das duas Casas para facilitar a aprovação de medidas.

O petista, no entanto, ressaltou que é preciso seguir atento para evitar que decisões de outras esferas de governo e de outros poderes comprometam o equilíbrio fiscal. "O que está sendo aprovado no Senado? E na Câmara? Qual é o ministro que teve uma grande ideia hoje? O que o Judiciário está decidindo? Você precisa ter esse olhar de vigilância para que a disciplina fiscal se transforme em algo natural do país", defendeu.

O PRÊMIO MELHORES E MAIORES

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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com Mansueto Almeida, economista-chefe no banco BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) (Eduardo Frazão/Exame)

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