Brasil fica em 58º em ranking de competitividade
País caiu duas posições na lista feita pelo Fórum Econômico Mundial
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
São Paulo - O Brasil ficou em 58° lugar no ranking de competitividade mundial, caiu duas posições em relação a 2009, mas está na terceira colocação entre os países que compõem os Bric, atrás da China e da Índia. De acordo com o Relatório de Competitividade Global 2010-2011, a Suíça é o pais mais competitivo do mundo.
O levantamento divulgado hoje (9) foi elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC) e a Fundação Dom Cabral. Segundo o diretor-presidente do MBC, Erik Camarano, o estudo indica que a melhoria consistente da economia brasileira continua do ponto de vista da competitividade, o que indica que a tendência de mudança está na direção correta, mesmo com a perda de dois pontos ante a avaliação anterior.
"Parece que estamos perdendo uma corrida e na verdade o importante é verificar que a tendência está na direção correta mas talvez a velocidade de mudança em alguns aspectos pudesse ser mais rápida", disse Camarano.
O ranking indicou ainda que o tamanho do mercado do Brasil ficou em 10º lugar, a sofisticação empresarial em 31º e a inovação em 42º. O país aparece na pesquisa como o 50º setor financeiro mais desenvolvido e sofisticado da América Latina e como o 62º em infraestrutura razoável para os padrões regionais. Também aparecem no relatório as taxas de poupanças baixas que ficam em 101º lugar, o spread bancário elevado (136º colocação), alto grau de endividamento público (84º posição).
O país também teve o funcionamento do sistema de ensino superior classificado como relativamente bom (58º lugar). "Nosso desempenho ainda é baixo no ensino primário então há um processo que tem que ser olhado como uma etapa de inclusão das pessoas como foi feito no Brasil, mas temos quer fazer o segundo salto e melhorar a qualidade do ensino e o desempenho desses estudantes".
Camarano afirmou que o relatório deve ser encarado a longo prazo por ser menos dependente das variações e mudanças políticas e é mais influenciado por mudanças na economia. "Nesse aspecto temos que ver os fatores em que estamos mais para trás, mas sabemos que não teremos resultados de um ano para o outro. Temos que começar e fazer isso rápido para fazer com outros países que tiveram desenvolvimento forte em educação e infraestrutura".
De acordo com o levantamento, os EUA caíram duas posições e passaram para o quarto lugar. A Suécia ficou em segunda colocação e Singapura em terceira. A China, em 27°, lidera o grupo de economias em desenvolvimento. O Japão ficou em sexto lugar e Hong Kong em 11°.
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