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Brasil fica em 58º em ranking de competitividade

País caiu duas posições na lista feita pelo Fórum Econômico Mundial

A Suíça ficou em primeiro lugar no ranking de competitividade (Wikimedia Commons/Riccardo Speziari)

A Suíça ficou em primeiro lugar no ranking de competitividade (Wikimedia Commons/Riccardo Speziari)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

São Paulo - O Brasil ficou em 58° lugar no ranking de competitividade mundial, caiu duas posições em relação a 2009, mas está na terceira colocação entre os países que compõem os Bric, atrás da China e da Índia. De acordo com o Relatório de Competitividade Global 2010-2011, a Suíça é o pais mais competitivo do mundo.

O levantamento divulgado hoje (9) foi elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC) e a Fundação Dom Cabral. Segundo o diretor-presidente do MBC, Erik Camarano, o estudo indica que a melhoria consistente da economia brasileira continua do ponto de vista da competitividade, o que indica que a tendência de mudança está na direção correta, mesmo com a perda de dois pontos ante a avaliação anterior.

"Parece que estamos perdendo uma corrida e na verdade o importante é verificar que a tendência está na direção correta mas talvez a velocidade de mudança em alguns aspectos pudesse ser mais rápida", disse Camarano.

O ranking indicou ainda que o tamanho do mercado do Brasil ficou em 10º lugar, a sofisticação empresarial em 31º e a inovação em 42º. O país aparece na pesquisa como o 50º setor financeiro mais desenvolvido e sofisticado da América Latina e como o 62º em infraestrutura razoável para os padrões regionais. Também aparecem no relatório as taxas de poupanças baixas que ficam em 101º lugar, o spread bancário elevado (136º colocação), alto grau de endividamento público (84º posição).

O país também teve o funcionamento do sistema de ensino superior classificado como relativamente bom (58º lugar). "Nosso desempenho ainda é baixo no ensino primário então há um processo que tem que ser olhado como uma etapa de inclusão das pessoas como foi feito no Brasil, mas temos quer fazer o segundo salto e melhorar a qualidade do ensino e o desempenho desses estudantes".

Camarano afirmou que o relatório deve ser encarado a longo prazo por ser menos dependente das variações e mudanças políticas e é mais influenciado por mudanças na economia. "Nesse aspecto temos que ver os fatores em que estamos mais para trás, mas sabemos que não teremos resultados de um ano para o outro. Temos que começar e fazer isso rápido para fazer com outros países que tiveram desenvolvimento forte em educação e infraestrutura".

De acordo com o levantamento, os EUA caíram duas posições e passaram para o quarto lugar. A Suécia ficou em segunda colocação e Singapura em terceira. A China, em 27°, lidera o grupo de economias em desenvolvimento. O Japão ficou em sexto lugar e Hong Kong em 11°.

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