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Brasil estuda endurecer requisitos exigidos às importações

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior pensa em planos para criar igualdade na competição entre produtos brasileiros e importados

Fernando Pimentel negou que ações visem apenas a endurecer com a China (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano/Divulgação)

Fernando Pimentel negou que ações visem apenas a endurecer com a China (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 11h37.

Rio de Janeiro - O Governo brasileiro estuda endurecer os requisitos técnicos exigidos aos produtos importados para defender os fabricantes locais, anunciou nesta quarta-feira o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

Em entrevista ao "Valor Econômico", Pimentel afirmou que está sendo estudado o que se pode fazer para criar equidade e igualdade na competição entre produtos brasileiros e importados para que as regras exigidas na comercialização de produtos brasileiros cheguem aos importados.

O ministro afirmou que se poderá solicitar que os empresários estrangeiros apresentem certificados de qualidade ou de segurança compatíveis com as normas brasileiras.

Segundo ele, atualmente, as provas de qualidade de muitos produtos importados são realizadas depois que eles chegam às lojas, o que significa um prejuízo para os produtores locais.

O ministro negou que as medidas se dirijam exclusivamente a frear as compras da China, país que se transformou no principal parceiro comercial do Brasil.

Para o ministro, a exigência de requisitos mais duros e prévios à importação pode servir para corrigir o desequilíbrio gerado pela taxa de câmbio.

A balança comercial do Brasil caiu nos últimos tempos pela valorização do real em relação ao dólar, por causa da crise que ainda afeta Estados Unidos e Europa.

Em 2010, o superávit comercial do país caiu 19,8% para US$ 20,278 bilhões devido ao forte aumento das importações sobre o das exportações.

Nos dois primeiros meses deste ano, as exportações cresceram cinco pontos percentuais a mais que as importações, por isso que o saldo comercial subiu para US$ 1,199 bilhão.

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