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Brasil é país com maior alta de importações em 2010

A comparação com dezembro de 2009 e setembro deste ano mostra um aumento das importações de 46%

O real valorizado e o crescimento do mercado doméstico são os principais motivos para aumento nas importações (Germano Luders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 12h05.

Brasília - A invasão de importados no Brasil bate todos os recordes. Pelos dados oficiais de 70 governos, o País está enfrentando a maior expansão de importações em 2010 entre os membros do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) e entre todas as economias que tiveram seus dados compilados pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

A comparação entre o que o Brasil importou em dezembro de 2009 e setembro deste ano mostra um aumento das importações de 46%. Em qualquer outra comparação entre 2009 e 2010, o Brasil também lidera em expansão de importações.

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O real valorizado e o crescimento do mercado doméstico são os principais motivos do fenômeno. No fim de dezembro do ano passado, o Brasil importava US$ 12,8 bilhões. Em setembro de 2010, esse volume já chegava a US$ 18,7 bilhões. Em outubro, o volume chegou a cair um pouco, mas nada que tenha modificado a trajetória. Setembro bateu recorde em volume de importações no País.

Em comparação com a média dos meses de 2006, o valor é três vezes maior. Em relação a setembro de 2009, o Brasil também tem a maior taxa de expansão, de 43%. Na China, a alta havia sido de 24%, ante 34% na Rússia. Nenhuma das 70 economias avaliadas teve variação tão grande como a do Brasil entre dezembro de 2009 e o fim do terceiro trimestre de 2010.

O Brasil já aparece nas estatísticas americanas como o parceiro comercial com o qual os Estados Unidos têm o maior superávit. Com a Europa, a situação se repete. O superávit que o Brasil tinha com os europeus desde 1999 foi zerado no terceiro trimestre, ainda que o governo aposte que as vendas de fim de ano farão com que o ano termine com superávit a favor do Brasil.

O resultado contrasta com os números de 2007, quando o País havia obtido saldo positivo de 11,5 bilhões, amplamente favorável às contas nacionais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia mais: Começou a desindustrialização no Brasil, diz J. R. Mendonça de Barros

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