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Brasil diz que está disposto a apoiar Venezuela

Assessor da Presidência afirmou que o país estaria disposto a apoiar o governo venezuelano na busca de uma solução para sua crise interna


	Manifestantes da oposição gritam do lado de fora de igreja de Nossa Senhora de Coromoto, em Caracas, Venezuela
 (Tomas Bravo/Reuters)

Manifestantes da oposição gritam do lado de fora de igreja de Nossa Senhora de Coromoto, em Caracas, Venezuela (Tomas Bravo/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 23h00.

São Paulo - O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou nesta quinta-feira que o país estaria disposto a apoiar o governo venezuelano na busca de uma solução para sua crise interna, caso seja convidado.

Em declarações À Agência Brasil, García declarou que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, estuda a viabilidade de uma reunião com a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) e detalhou que a Assembleia Nacional da Venezuela estuda "a convocação de uma comissão observadora da Unasul para vir ao país".

Seria "a única instância que o governo Maduro já anunciou aceitar, caso seja necessária uma mediação", segundo Garcia, que viajou esta semana à Venezuela para participar dos atos em lembrança ao primeiro ano da morte do ex-presidente Hugo Chávez.

A Venezuela está imersa em uma onda de protestos contra o governo que se repetem no país há três semanas, e que em alguns casos tornaram-se violentos, deixado um balanço oficial de 19 mortos, mais de 250 feridos e centenas de detidos.

"Já estive aqui em outros momentos, como em 2002, e vejo que na época a crise era muito mais grave que agora, mas a dimensão dada neste momento, especialmente pelos veículos de comunicação internacionais, passa uma imagem de algo maior do que realmente é", opinou o assessor.

Segundo Garcia, Maduro lhe repassou sua intenção de iniciar conversas com meios de comunicação estrangeiros para "esclarecer os fatos".

"Estamos sempre atentos com o que acontece aqui, e não porque estávamos preocupados, mas levo uma visão mais clara do que está acontecendo", concluiu.

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