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Brasil deve vender mais carnes no varejo internacional, diz Maggi

Segundo o ministro, o Brasil é um "país invisível" nas prateleiras dos supermercados de outros países porque ainda vende muito no atacado e não no varejo

Carnes: "As exigências para o mercado brasileiro estão subindo", diz Maggi (Emmanuel Dunand/AFP/AFP)
AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de agosto de 2017 às 17h16.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento , Blairo Maggi, disse hoje (29) durante discurso na abertura do Salão Internacional da Avicultura e Suinocultura (SIAVS) 2017, que o Brasil ainda é um "país invisível" nas prateleiras dos supermercados de outros países porque ainda vende muito no atacado e não no varejo.

"Eu quero crer que esse seja nosso próximo passo, a agregação de valores e um contato direto com os consumidores mundo afora. Deixar de ser somente um vendedor de grandes volumes e chegar às gôndolas dos supermercados".

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Maggi ressaltou que para chegar a esse resultado é necessário vencer alguns desafios e citou a Operação Carne Fraca , da Polícia Federal, que investigou a participação de agentes públicos em um suposto esquema fraudulento que permitia que alimentos adulterados fossem comercializados sem serem devidamente fiscalizados.

"Todos nós tivemos que trabalhar muito para que o Brasil não perdesse os mercados naquele momento. Me parece que, pela primeira vez, tivemos uma solução com bastante eficiência em pouco tempo porque o governo inteiro se envolveu, deixamos de lado a burocracia e partimos para a prática", afirmou.

Segundo Maggi, desde a operação, o governo está fazendo um rearranjo dentro do sistema e "melhorando o que já era bom" na questão da sanidade e fiscalização.

"Quando vendemos um produto para fora do país o comprador fiscaliza as nossas regras, nós temos um acordo comercial e um padrão a ser seguido. Mas percebemos que, em algumas coisas, precisávamos avançar porque estávamos perdendo para o mundo. O ministério está conversando com todos os elos da cadeia", disse.

De acordo com o ministro, a ideia é criar facilidades para os produtores ampliarem sua participação no mercado internacional.

"As exigências para o mercado brasileiro estão subindo e queremos estar no mesmo parâmetro de outros países e não queremos ser olhados de forma diferente por qualquer uma das nações que compram nossos produtos. É nessa direção que nós vamos".

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