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Brasil condena qualquer tipo de intervenção militar na Síria

“Nos preocupa o que ocorre na Síria. Já temos repetido isso, que não há solução militar para esse tipo de situação. Isso é uma espécie de mantra”, disse Patriota


	O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota: Patriota disse que situação considerada também “preocupante” ocorre na Líbia
 (Antonio Cruz/Abr)

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota: Patriota disse que situação considerada também “preocupante” ocorre na Líbia (Antonio Cruz/Abr)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 16h43.

Brasília – O governo do Brasil condena qualquer tipo de intervenção militar na Síria, disse hoje (18) o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Ao participar do seminário Os desafios da Política Externa Brasileira em um Mundo de Transição, na Câmara dos Deputados, o chanceler disse que a crise que ocorre na Síria não pode ser solucionada militarmente.

“Nos preocupa o que ocorre na Síria. Já temos repetido isso, que não há solução militar para esse tipo de situação. Isso é [para nós] uma espécie de mantra”, disse Patriota, lembrando que há uma série de dificuldades no Iraque e no Afeganistão pelo fato de esses países terem sido alvos de intervenção militar. “O componente militar não apresentou soluções [nesses locais]”, disse.

A onda de violência na Síria leva um ano e meio, tendo matado mais de 25 mil pessoas, segundo organizações não governamentais. A violência provoca também a fuga em massa de sírios que procuraram refúgio nos países vizinhos.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas está dividido internamente em relação às medidas que devem ser implementadas na Síria. Para um grupo de países, liderados pelos Estados Unidos, a intervenção é a alternativa. Mas os governos da Rússia e da China rejeitam a proposta. Sem consenso, não há como adotar medidas por meio do conselho.

Patriota disse que situação considerada também “preocupante” ocorre na Líbia, país que, no ano passado, sofreu intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e, atualmente, dispõe de um elevado arsenal de armas e munições. Além disso, a situação do país afeta toda a região. “Há contaminação dos países vizinhos pela Líbia”, destacou o chanceler.

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