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Brasil atinge marca de 300 mil mortes por covid-19

Dados do consórcio de veículos de imprensa mostram que país atinge marca um dia depois de recorde de mortes em 24 horas

Marca é atingida no pior mês da pandemia para o Brasil (Amanda Perobelli/Reuters)

Marca é atingida no pior mês da pandemia para o Brasil (Amanda Perobelli/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2021 às 17h35.

Última atualização em 24 de março de 2021 às 18h01.

Pouco mais de um ano depois da primeira morte por covid-19 no país, o Brasil atinge a marca de 300.000 mortes causadas pela doença. O número é registrado no mesmo mês em que há altas sucessivas no volume de mortes registradas em 24 horas — sendo o recorde mais expressivo o desta terça-feira, 23, em que mais de 3.000 óbitos foram registrados.

Nos últimos meses, especialistas têm criticado a postura do governo federal em relação à pandemia no país, com a falta de coordenação nacional em relação aos esforços de combate à covid-19.

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Na tarde desta quarta-feira, 24, o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou em coletiva que "vacinar 1 milhão de pessoas por dia é uma meta plausível", sem fornecer datas. Ao mesmo tempo, o novo ministro não se posicionou em relação ao tópico de uso da cloroquina, se pautando pelo critério de que o tratamento para cada paciente depende de seu médico.

Também nesta tarde, estados e municípios criticaram a postura do governo federal de mudar o sistema para contabilizar óbitos relacionados à covid-19, fazendo com que o número total de mortes informadas nesta quarta pudesse ser ainda maior.

O reflexo foi sentido principalmente nos dados de São Paulo, que registrou apenas 281 óbitos nas últimas 24 horas, uma queda de 24,3% em relação ao dia anterior. A média até então, era de 532 mortes por dia. Após a repercussão das dificuldades relacionadas ao novo sistema, representantes das duas principais entidades de saúde no Brasil disseram que o Ministério da Saúde aceitou o pedido de voltar atrás nas mudanças.

Colapso

Em razão do aumento expressivo da doença no país, o governo liberou a abertura de 685 leitos de UTI para covid-19 em 12 estados. A portaria com a decisão foi publicada nesta quarta-feira, 24, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Este é o terceiro ato da pasta desde a semana passada para habilitar novos leitos no país — na quinta-feira, 18, foram liberados leitos em São Paulo e na sexta-feira, 19, outros cinco estados também foram atendidos.

Com vários estados à beira do colapso, também faltam insumos para intubação. Na cidade de São Paulo, o chamado "kit intubação" deve durar apenas mais uma semana — no Distrito Federal, 26 remédios já estão esgotados. Diante dessa situação, o senador Randolfe Rodrigues propôs zerar o imposto desses insumos.

No texto, o senador alerta que o Brasil está na iminência de uma crise de abastecimento de insumos necessários para a intubação de pacientes, como anestésicos injetáveis, relaxantes musculares e sedativos. "O Poder Executivo Federal, mais uma vez, falha no seu dever de proteger a vida e a saúde da população brasileira", afirma.

 

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