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Brasil aceita ajuda de países sul-americanos na Antártida

O objetivo é dar continuidade aos estudos científicos no local, enquanto reconstrói a estação parcialmente destruída no sábado por um incêndio

A possibilidade de usar provisoriamente infraestruturas de outros países sul-americanos na Antártida foi admitida pelo ministro da Defesa, Celso Amorim (Márcia Kalume/ Agência Senado)
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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 12h12.

Rio de Janeiro - O Brasil aceitará a ajuda oferecida por outros países sul-americanos com bases na Antártida para dar continuidade a seus estudos científicos no local, enquanto reconstrói a estação parcialmente destruída no sábado por um incêndio.

A possibilidade de usar provisoriamente infraestruturas de outros países sul-americanos na Antártida foi admitida pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, em declarações à imprensa nesta segunda-feira ao receber no Rio de Janeiro 41 pesquisadores e militares que estavam na base no momento do incêndio, que deixou dois mortos e um ferido.

Os 26 pesquisadores, 13 militares da Marinha, um fiscal do Ministério do Meio Ambiente e um alpinista chegaram na madrugada desta segunda-feira ao Rio em um avião Hércules enviado pela Força Aérea Brasileira ao Chile.

No mesmo voo chegou o sargento da Marinha Luciano Gomes Medeiros, que ficou ferido quando ajudava a apagar o incêndio e já está fora de perigo.

O avião decolou na tarde de domingo de Punta Arenas, cidade chilena à qual foram transferidos os brasileiros por um avião argentino após serem resgatados.

Só permaneceram na Antártida 14 militares que trabalham na avaliação dos danos provocados pelo incêndio e na investigação sobre as causas do acidente.

Amorim afirmou que a reconstrução total da base demorará pelo menos dois anos, mas o Brasil não pode suspender durante esse período suas pesquisas sobre o continente branco.

Segundo a Marinha, responsável pela Estação Antártica Comandante Ferraz, o incendiou destruiu 70% das instalações da base, localizada na ilha Rei George.

O fogo consumiu parte dos laboratórios e todo o material para estudos recolhido no atual verão austral e que devia servir de base para pesquisas durante todo o ano.

Amorim disse também que iniciará ainda hoje as discussões com os diferentes organismos que fazem parte do Programa Antártico Brasileiro para determinar o início da reconstrução da base o mais rápido possível.

O comandante de Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, que também recebeu os sobreviventes no Rio, assegurou que a base na Antártida será reconstruída a partir do próximo verão na região, período mais viável para as obras.

Segundo Amorim, a nova base terá medidas de segurança maiores para evitar outros incêndios.

'Não quero antecipar-me às investigações, mas não há nenhum indício que o incêndio pudesse ter sido prevenido. A nova base será a mais segura possível. Trata-se de um ambiente difícil, inóspito e sujeito a acidentes, que tentaremos minimizar de maneira absoluta', declarou.

O ministro acrescentou que a Força Aérea enviou outro avião ao Chile para trazer os corpos do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e do sargento Roberto Lopes dos Santos, que morreram no incêndio, e que a previsão é que cheguem ao Brasil na terça-feira.

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Rio de Janeiro - O Brasil aceitará a ajuda oferecida por outros países sul-americanos com bases na Antártida para dar continuidade a seus estudos científicos no local, enquanto reconstrói a estação parcialmente destruída no sábado por um incêndio.

A possibilidade de usar provisoriamente infraestruturas de outros países sul-americanos na Antártida foi admitida pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, em declarações à imprensa nesta segunda-feira ao receber no Rio de Janeiro 41 pesquisadores e militares que estavam na base no momento do incêndio, que deixou dois mortos e um ferido.

Os 26 pesquisadores, 13 militares da Marinha, um fiscal do Ministério do Meio Ambiente e um alpinista chegaram na madrugada desta segunda-feira ao Rio em um avião Hércules enviado pela Força Aérea Brasileira ao Chile.

No mesmo voo chegou o sargento da Marinha Luciano Gomes Medeiros, que ficou ferido quando ajudava a apagar o incêndio e já está fora de perigo.

O avião decolou na tarde de domingo de Punta Arenas, cidade chilena à qual foram transferidos os brasileiros por um avião argentino após serem resgatados.

Só permaneceram na Antártida 14 militares que trabalham na avaliação dos danos provocados pelo incêndio e na investigação sobre as causas do acidente.

Amorim afirmou que a reconstrução total da base demorará pelo menos dois anos, mas o Brasil não pode suspender durante esse período suas pesquisas sobre o continente branco.

Segundo a Marinha, responsável pela Estação Antártica Comandante Ferraz, o incendiou destruiu 70% das instalações da base, localizada na ilha Rei George.

O fogo consumiu parte dos laboratórios e todo o material para estudos recolhido no atual verão austral e que devia servir de base para pesquisas durante todo o ano.

Amorim disse também que iniciará ainda hoje as discussões com os diferentes organismos que fazem parte do Programa Antártico Brasileiro para determinar o início da reconstrução da base o mais rápido possível.

O comandante de Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, que também recebeu os sobreviventes no Rio, assegurou que a base na Antártida será reconstruída a partir do próximo verão na região, período mais viável para as obras.

Segundo Amorim, a nova base terá medidas de segurança maiores para evitar outros incêndios.

'Não quero antecipar-me às investigações, mas não há nenhum indício que o incêndio pudesse ter sido prevenido. A nova base será a mais segura possível. Trata-se de um ambiente difícil, inóspito e sujeito a acidentes, que tentaremos minimizar de maneira absoluta', declarou.

O ministro acrescentou que a Força Aérea enviou outro avião ao Chile para trazer os corpos do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e do sargento Roberto Lopes dos Santos, que morreram no incêndio, e que a previsão é que cheguem ao Brasil na terça-feira.

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