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Bombeiros descartam chance de sobreviventes em escombros de prédio em SP

Após mais de 53 horas desde a tragédia que derrubou o edifício Wilton Paes de Almeida, os soldados começam a mexer na estrutura

Desabamento: por volta das 3h desta quinta, quando a tragédia completou 48 horas, um maquinário pesado passou a ser utilizado (Leonardo Benassatto/Reuters)

Desabamento: por volta das 3h desta quinta, quando a tragédia completou 48 horas, um maquinário pesado passou a ser utilizado (Leonardo Benassatto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de maio de 2018 às 12h36.

Última atualização em 3 de maio de 2018 às 12h38.

São Paulo - Após mais de 53 horas desde a tragédia que derrubou o edifício Wilton Paes de Almeida, o tenente do Corpo de Bombeiros, Guilherme Derrit, disse por volta das 10h30 desta quinta-feira, 3, que é "improvável" encontrar vítimas com vida.

Por volta das 3h desta quinta, quando a tragédia completou 48 horas, um maquinário pesado passou a ser utilizado para a remoção de escombros do prédio e busca por desaparecidos.

Duas retroescavadeiras retiram material pesado, como ferro retorcido, desde as primeiras horas da manhã. Durante o trabalho das máquinas, que abrem acessos para cães farejadores buscarem vítimas, homens de capacete laranja em solo observam objetos entre os escombros.

Caso seja localizado algum objeto diferente no meio do material, o bombeiro solicita a interrupção do trabalho das máquinas.

"O bombeiro acredita na possibilidade, mas a gente usa a palavra improvável, e não impossível. É improvável por causa do incêndio. Era um prédio muito elevado, com vários pavimentos. Então, é improvável, sim", disse o tenente.

Oficialmente, os bombeiros confirmaram o desaparecimento de quatro pessoas - entre elas, dois meninos gêmeos de 9 anos. Ao todo,49 pessoas estão desaparecidas - o que não significa, porém,que estejam entre os escombros.

Segundo Derrit, um protocolo internacional determina que o atendimento de resgate de vítimas após desabamentos deve ser feito por até uma semana. "Inclusive, nesse prazo de uma semana, já foi encontrada vítima com vida em incidentes em todo o mundo", afirmou.

Ele reconhece, no entanto, que a dificuldade é grande na busca por desaparecidos em função das altas temperaturas, estimadas em 150°C neste terceiro dia de rescaldo - e que foram muito maiores durante o incêndio.

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