Bombeiros ainda trabalham para apagar incêndio em SC
Incêndio causou uma gigantesca nuvem de fumaça que cobre a cidade catarinense de São Francisco do Sul
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2013 às 18h53.
São Paulo - O incêndio que causou uma gigantesca nuvem de fumaça, que desde terça-feira, 24, cobre a cidade catarinense de São Francisco do Sul ainda não foi totalmente controlado. A fumaça já se espalha até o litoral do Paraná e pode atingir a região sul de São Paulo nas próximas horas, segundo informou Marcelo Martins, meteorologista da Epagri/Ciram, empresa que monitora as condições climáticas em Santa Catarina. O fogo ocorreu no depósito de fertilizantes da empresa Global Logística, no terminal marítimo do município.
A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de Santa Catarina, além de outros órgãos municipais e estaduais, montaram uma operação integrada para atuar no incêndio. Como há mais de dez mil toneladas de nitrato de amônia no local, a força-tarefa encontra dificuldades para retirar a substância que provoca a nuvem de fumaça.
O grupo utiliza retroescavadeiras na operação, além de uma barreira de contêineres para direcionar o vento e diminuir o risco de os trabalhadores inalarem a fumaça no local. Um muro de contenção também foi construído para depositar a água usada no combate ao incêndio, com o objetivo de evitar a contaminação do meio ambiente.
Na quarta-feira, 25, a Prefeitura de São Francisco do Sul decretou situação de emergência. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, a principal região atingida é o bairro de Paulas, onde fica o depósito, que precisou passar por um processo de evacuação.
"Ao todo, cerca de 800 pessoas tiveram de deixar suas casas por medidas preventivas", afirma a assessoria. Dessas, metade foi encaminhada pela Defesa Civil para duas escolas estaduais, que servem de abrigo coletivo: a Claurinice Vieira Caldeira, em Rocio Grande, e a Professor Nicola Baptista, em Enseada.
Nos últimos dois dias, cerca de 140 pessoas foram atendidas no Hospital Municipal de Nossa Senhora das Graças, em São Francisco do Sul. Não houve internações. A fumaça pode ocasionar irritação nos olhos, dor de garganta, tontura e, em casos mais graves, insuficiência respiratória. Por isso os moradores estão sendo orientados a procurar locais arejadas na cidade.
Apesar dos pedidos do prefeito de São Francisco do Sul, Luiz Roberto de Oliveira, para as pessoas permanecerem na cidade, boa parte da população preferiu deixar temporariamente o município. Dessa forma, a Secretaria de Educação suspendeu as aulas até sexta-feira, 27. O comércio também está fechado.
Bombeiro internado
O bombeiro voluntário David Marcelino, de 59 anos, que inalou a fumaça provocada pela queima de nitrato de amônia enquanto combatia o fogo no local, continua em estado grave. Ele foi internado na UTI do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, na madrugada desta quinta-feira.
De acordo com a assessoria do Hospital, Marcelino apresentou "melhora no quadro geral", mas ainda respira com auxílio de aparelhos e não há previsão de alta.
São Paulo - O incêndio que causou uma gigantesca nuvem de fumaça, que desde terça-feira, 24, cobre a cidade catarinense de São Francisco do Sul ainda não foi totalmente controlado. A fumaça já se espalha até o litoral do Paraná e pode atingir a região sul de São Paulo nas próximas horas, segundo informou Marcelo Martins, meteorologista da Epagri/Ciram, empresa que monitora as condições climáticas em Santa Catarina. O fogo ocorreu no depósito de fertilizantes da empresa Global Logística, no terminal marítimo do município.
A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de Santa Catarina, além de outros órgãos municipais e estaduais, montaram uma operação integrada para atuar no incêndio. Como há mais de dez mil toneladas de nitrato de amônia no local, a força-tarefa encontra dificuldades para retirar a substância que provoca a nuvem de fumaça.
O grupo utiliza retroescavadeiras na operação, além de uma barreira de contêineres para direcionar o vento e diminuir o risco de os trabalhadores inalarem a fumaça no local. Um muro de contenção também foi construído para depositar a água usada no combate ao incêndio, com o objetivo de evitar a contaminação do meio ambiente.
Na quarta-feira, 25, a Prefeitura de São Francisco do Sul decretou situação de emergência. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, a principal região atingida é o bairro de Paulas, onde fica o depósito, que precisou passar por um processo de evacuação.
"Ao todo, cerca de 800 pessoas tiveram de deixar suas casas por medidas preventivas", afirma a assessoria. Dessas, metade foi encaminhada pela Defesa Civil para duas escolas estaduais, que servem de abrigo coletivo: a Claurinice Vieira Caldeira, em Rocio Grande, e a Professor Nicola Baptista, em Enseada.
Nos últimos dois dias, cerca de 140 pessoas foram atendidas no Hospital Municipal de Nossa Senhora das Graças, em São Francisco do Sul. Não houve internações. A fumaça pode ocasionar irritação nos olhos, dor de garganta, tontura e, em casos mais graves, insuficiência respiratória. Por isso os moradores estão sendo orientados a procurar locais arejadas na cidade.
Apesar dos pedidos do prefeito de São Francisco do Sul, Luiz Roberto de Oliveira, para as pessoas permanecerem na cidade, boa parte da população preferiu deixar temporariamente o município. Dessa forma, a Secretaria de Educação suspendeu as aulas até sexta-feira, 27. O comércio também está fechado.
Bombeiro internado
O bombeiro voluntário David Marcelino, de 59 anos, que inalou a fumaça provocada pela queima de nitrato de amônia enquanto combatia o fogo no local, continua em estado grave. Ele foi internado na UTI do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, na madrugada desta quinta-feira.
De acordo com a assessoria do Hospital, Marcelino apresentou "melhora no quadro geral", mas ainda respira com auxílio de aparelhos e não há previsão de alta.