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Bolsonaro zomba de suposta baixa eficácia da Coronavac

Vacina chinesa produzida em parceria com o Instituto Butantan não teve o percentual de eficácia revelado

Jair Bolsonaro: presidente zombou da eficácia da vacina chinesa (Alan Santos/PR/Flickr)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de dezembro de 2020 às 09h39.

O presidente Jair Bolsonaro levantou dúvidas sobre a eficácia da vacina patrocinada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Na quarta-feira, 24, o governo de São Paulo e o Instituto Butantan anunciaram que a Coronavac, desenvolvida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, superou o índice mínimo de eficácia exigido pelas agências regulatórias (50%). Os órgãos, porém, não apresentaram o porcentual exato de eficácia do imunizante nem os demais dados do estudo final.

A justificativa para o novo atraso na divulgação das informações foi a de que a Sinovac solicitou a base de dados para mais análises. É a quarta vez que a apresentação dos resultados de eficácia é adiada.

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"A eficácia daquela vacina em São Paulo parece que está lá embaixo, né?", disse Bolsonaro em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira, 24. "Não vou divulgar porcentual aqui, porque se eu errar 0,001% eu vou apanhar da mídia, mas parece que o porcentual tá lá embaixo levando-se em consideração a outra."

O presidente da República reforçou mais uma vez que o governo federal vai comprar as vacinas que forem registradas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Por outro lado, Bolsonaro defendeu a aplicação opcional na população e disse que, se houver efeito colateral, as pessoas precisam "ir pra cima" de um governador que queira obrigar a aplicação, em um referência a Doria.

De acordo com Bolsonaro, a União não pode se responsabilizar sobre eventuais efeitos colaterais do imunizante. "Não vou assinar isso. Não vou aceitar uma vacina que não está comprovada ainda, que está na terceira fase experimentar. Não vou me responsabilizar. Quem está com pressa que se responsabilize."

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