Brasil

Jair Bolsonaro vira réu no STF por apologia ao estupro

A ação foi protocolada pela PGR em dezembro de 2014 após Bolsonaro afirmar que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) "porque ela não merece".

O deputado Jair Bolsonaro (Renato Araújo/ABr)

O deputado Jair Bolsonaro (Renato Araújo/ABr)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 21 de junho de 2016 às 16h38.

São Paulo – A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acatou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) por apologia ao estupro. Com a decisão, o deputado se torna réu e deverá se explicar à Justiça. 

A ação foi protocolada pela vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, em dezembro de 2014 após Bolsonaro afirmar no plenário da Câmara dos Deputados, e posteriormente ao jornal gaúcho Zero Hora, que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merece. 

Segundo Ela, ao dizer que não a estupraria, ele instigou, com suas palavras, que um homem pode estuprar uma mulher que escolha e que ele entenda ser merecedora do estupro. 

Essa não foi a única vez em que o parlamentar ofendeu a deputada. Em 2003, durante uma entrevista a um canal de televisão, ele bateu boca e chegou a empurrar Maria do Rosário. 

Na época, a petista afirmou que ele promovia a violência sexual e o chamou de estuprador. Em resposta, Bolsonaro rebateu: Eu jamais iria estuprar você, porque você não merece. 

Veja a declaração feita na tribuna do plenário da Câmara em dezembro de 2014:

yt thumbnail

Veja o registro que cravou o primeiro episódio:

https://youtube.com/watch?v=C_z6qU0DqB8

Acompanhe tudo sobre:EstuproJair BolsonaroPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSupremo Tribunal Federal (STF)Violência política

Mais de Brasil

Escala 6x1: ministro de Lula vai receber Erika Hilton, que propôs PEC para reduzir jornada

Senado aprova autonomia na gestão financeira da PPSA, a estatal do pré-sal

Assassinato de delator do PCC é 'competência do estado', afirma Lewandowski

Alesp aprova proibição de celulares em escolas públicas e privadas de SP