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Bolsonaro veta Lei Paulo Gustavo, que repassaria de R$3,8 bi para Cultura

Ao vetar a proposta, Bolsonaro argumentou "contrariedade ao interesse público"

Informação foi divulgada nesta terça-feira pela Secretaria-Geral da Presidência da República (Instagram/Reprodução)

Informação foi divulgada nesta terça-feira pela Secretaria-Geral da Presidência da República (Instagram/Reprodução)

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Agência O Globo

Publicado em 6 de abril de 2022 às 10h59.

Última atualização em 6 de abril de 2022 às 11h57.

O presidente Jair Bolsonaro vetou nesta terça-feira o projeto de nº 73, conhecido como Lei Paulo Gustavo, que previa repasse de mais de R$ 3,8 bilhões ao setor cultural de estados e municípios. A informação foi divulgada pela Secretaria-Geral da Presidência da República.

Ao vetar a proposta, Bolsonaro argumentou "contrariedade ao interesse público", já que o texto destina recursos do Orçamento Geral da União sem apresentar formas de compensar a despesa. O presidente argumentou que a a concessão do benefício impactaria significativamente o erário e "incorreria em compressão das despesas discricionárias que se encontram em níveis criticamente baixos".

Os valores sairiam do Fundo Nacional de Cultura (FNC) e seria operado diretamente pelos estados e municípios. Segundo a Secretaria-Geral, o repasse pelo governo de recursos provenientes de fundos “enfraqueceria as regras de controle, eficiência, gestão e transparência elaboradas para auditar os recursos federais e a sua execução”.

O que é a Lei Paulo Gustavo

A proposta garantia o investimento de R$ 2,79 bilhões ao setor audiovisual e R$ 1,06 bilhão para outros projetos culturais. O objetivo era trazer um alívio econômico ao setor, duramente afetado pela pandemia. O PL já havia sido aprovado no Senado, em novembro do ano passado, mas voltou à Casa após sofrer alterações na Câmara. Desde o dia 15 de março ele aguardava a sanção presidencial.

O projeto foi batizado em homenagem ao humorista Paulo Gustavo, que morreu por complicações da covid-19.

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