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Bolsonaro vai participar hoje de comemoração da independência dos EUA

Evento é realizado anualmente na embaixada dos EUA em Brasília, mas presença de um presidente não é comum

Trump e Bolsonaro: desde as eleições, o presidente brasileiro faz gestos aos EUA (Erin Scott/Reuters)

Tamires Vitorio

Publicado em 3 de julho de 2019 às 16h30.

Última atualização em 4 de julho de 2019 às 10h26.

São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quarta-feira (3), que irá participar de um coquetel em comemoração dos 243 anos da independência dos Estados Unidos (data celebrada em 4 de julho), nesta noite.

A informação está na agenda oficial de Bolsonaro. O evento é realizado anualmente na embaixada dos EUA em Brasília, mas a presença de um presidente não é comum.

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A expectativa, segundo o jornal Folha de S.Paulo, é de que uma comitiva de ministros, formada por Sergio Moro (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), o acompanhe.

Um salve para os EUA

Bolsonaro tem dado prioridade clara à relação com os americanos e expressado apoio pessoal ao presidente Donald Trump.

Ele é comparado na mídia estrangeira com Trump e já expressou repetidas vezes apoio a sua reeleição em 2020. Uma das primeiras viagens de Bolsonaro como presidente foi para os Estados Unidos.

Mais recentemente, na cúpula do G20, Trump definiu Bolsonaro como " um homem especial, muito amado pelo povo do Brasil ".

A segunda viagem do presidente aos EUA foi para receber uma homenagem da Câmara de Comércio Brasil-EUA que deveria acontecer em cerimônia no Museu de História Natural de Nova York.

No entanto, os organizadores sofreram pressão para cancelamento por parte de entidades civis e do prefeito da cidade, Bill de Blasio, devido às declarações do presidente contra LGBTs e em favor do desmonte de políticas de proteção ambiental.

O evento também perdeu patrocinadores e acabou sendo remarcado para Dallas, no Texas, onde Bolsonaro visitou o ex-presidente americano George Bush.

O republicano, contudo, foi pego de surpresa pela presença de Bolsonaro. Um assessor de imprensa do ex-presidente afirmou a VEJA que Bush não fora consultado previamente nem convidara o brasileiro para um encontro.

Nessa mesma visita, Bolsonaro acabou se enrolando no encerramento do discurso na cerimônia de homenagem, quando disse “Brasil e Estados Unidos acima de tudo, Brasil e Es… acima de todos!”.

A frase original, usada pelo presidente desde a campanha, é “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

(Com Clara Cerioni )

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