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Bolsonaro usa "atestado fake" para não debater, diz líder do PT na Câmara

Parlamentar disse que candidato à Presidência do PSL é "covarde" e costuma ser corajoso apenas quando está "em bando" ou contra mulheres

Paulo Pimenta: "Imagina se fosse nos Estados Unidos, na França, na Inglaterra, se um dos candidatos se recusasse a participar dos debates", disse o deputado (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Paulo Pimenta: "Imagina se fosse nos Estados Unidos, na França, na Inglaterra, se um dos candidatos se recusasse a participar dos debates", disse o deputado (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de outubro de 2018 às 20h01.

Brasília - O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta, ironizou nesta segunda-feira, 15, o que chamou de "atestado fake" do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, para não participar dos debate presidenciais com Fernando Haddad (PT). Pimenta disse que Bolsonaro é "covarde" e costuma ser corajoso apenas quando está "em bando" ou contra mulheres.

"Vamos insistir muito na história dos debates. Imagina se fosse nos Estados Unidos, na França, na Inglaterra, se um dos candidatos se recusasse a participar dos debates. Já está evidente que a história do atestado é seletivo. (Ele) pode gravar para programas, pode fazer atos, fazer live no Facebook, só não pode participar de debates com o Haddad", disse.

"É um atestado fake. Esse medo que ele tem também começa a movimentar uma parte do eleitorado dele. Eu fui deputado com ele 16 anos. Eu nunca vi ele participar de debate com ninguém, vi ele gritando nos corredores, geralmente com mulheres porque é covarde. Ele é corajoso quando está em bando ou quando briga com mulher", complementou.

Pimenta participou nesta tarde de reunião na sede do PSB, em Brasília. O encontro foi convocado para discutir a possibilidade de uma "unidade" do campo da esquerda e da formação de uma "Frente Democrática" contra Bolsonaro. Participaram os presidentes do PSB, Carlos Siqueira, do PT, Gleisi Hoffmann, do PSOL, Juliano Medeiros, do PCdoB, Luciana Santos, e do PROS, Eurípedes Junior.

O presidente do PDT, Carlos Lupi, também foi convocado, mas não compareceu e nem enviou representante. Mais cedo, Lupi disse que o partido não vai se empenhar na campanha do petista e que já começa a preparar a candidatura de Ciro Gomes para o Planalto em 2022. "Nós já declaramos que estamos contra o fascismo. É clara a nossa posição. Agora, nós não vamos fazer campanha, discutir plano de governo", afirmou o pedetista.

O candidato do PDT derrotado nas urnas, Ciro Gomes, embarcou para a viagem com a família, na semana passada, com destino à Europa.

Ao contrário do que esperavam alguns aliados de Fernando Haddad (PT), Ciro não vai participar da equipe que vai formatar o programa econômico do petista.

A ideia é que o pedetista não suba no palanque com Haddad, muito menos faça fotos para indicar o "apoio crítico", aprovado em reunião da Executiva nacional do PDT.

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