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Bolsonaro se mantém em silêncio 12 horas após derrota para Lula

Isolado no Palácio do Alvorada, em Brasília, o presidente ficou inacessível para a maior parte dos aliados e atendeu apenas alguns interlocutores por telefone

Bolsonaro: presidente se mantém em silêncio 12 horas após derrota para Lula (Leandro Fonseca/Exame)

Bolsonaro: presidente se mantém em silêncio 12 horas após derrota para Lula (Leandro Fonseca/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de outubro de 2022 às 09h40.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se mantém em silêncio há mais de 12 horas após a derrota no segundo turno para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Até as 8 horas desta segunda-feira, 31, o presidente não havia se pronunciado em público ou em suas redes sociais.

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Bolsonaro recebeu a visita do filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por volta das 7h40. O parlamentar chegou ao Palácio da Alvorada, em Brasília, dirigindo seu carro. O coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do presidente, também chegou cedo à residência oficial.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Lula eleito às 19h57. Bolsonaro não se pronunciou sobre o resultado na noite de domingo, 30, nem sequer cumprimentou o presidente eleito.

Isolado

Isolado no Palácio do Alvorada, em Brasília, o presidente ficou inacessível para a maior parte dos aliados e atendeu apenas alguns interlocutores por telefone. O chefe do Executivo se recusou a receber ministros, parlamentares e pastores que tentaram se encontrar com ele após a derrota.

Os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) Fábio Faria (Comunicações) e Adolfo Saschida (Minas e Energia) tentaram falar com o presidente, mas não foram recebidos. O mesmo ocorreu com o assessor do gabinete pessoal dele no Palácio do Planalto, José Vicente Santini, e o publicitário da campanha Sérgio Lima.

Depois do fechamento das urnas, às 17 horas, um comboio de veículos saiu do Alvorada e foi até a Granja Torto, outra residência oficial em Brasília, onde fica o ministro da Economia Paulo Guedes. Os carros voltaram às 21 horas para o Alvorada e a bandeira do Brasil foi erguida, sinalizando que o presidente estava no local. Às 22 horas, as luzes do palácio foram apagadas.

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