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Vamos encontrar uma maneira para país voltar a viver harmonicamente, diz Lula em 1º discurso

Em primeiro discurso como eleito, Lula afirmou que governará para todos, "independentemente de qual candidato votou nesta eleição"

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Lula (foto de arquivo): presidente eleito discursou após confirmação da vitória (Amanda Perobelli/Reuters)

Lula (foto de arquivo): presidente eleito discursou após confirmação da vitória (Amanda Perobelli/Reuters)

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Carolina Riveira

Publicado em 30 de outubro de 2022, 21h22.

Última atualização em 31 de outubro de 2022, 11h57.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez seu primeiro discurso após a eleição em hotel nas proximidades da avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo, 30.

Na fala, Lula leu um discurso previamente escrito, em que defendeu que seu governo trabalhará para unir o Brasil. O petista disse que governará para todos os brasileiros, "independentemente de qual candidato votou nesta eleição".

"Vamos trabalhar sem descanso por um Brasil onde o amor prevaleça sobre o ódio, a verdade vença a mentira e a esperança seja maior que o medo", disse Lula, que afirmou que seu governo vai "encontrar uma maneira" para que o Brasil volte a viver "harmonicamente".

Em uma eleição apertada, Lula obteve mais de 60 milhões de votos e 50,9% dos votos válidos contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), com 99,9% das urnas apuradas.

Até a hora do discurso, pouco depois das 21h, o presidente Jair Bolsonaro ainda não havia se pronunciado sobre o resultado da eleição.

Estiveram presentes no palanque ao lado do presidente eleito nomes como seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), Marina Silva (Rede), ex-ministra do Meio Ambiente e eleita deputada federal, Simone Tebet (MDB), terceira colocada na eleição e que apoiou Lula no segundo turno, e Fernando Haddad (PT), candidato derrotado ao governo de São Paulo. Lula citou todos nominalmente e agradeceu pelo apoio, afirmando que a vitória não foi somente do PT, mas de uma ampla aliança democrática.

Lula mencionou por diversas vezes o combate à pobreza, que disse que será prioridade em seu governo. Lula terá a partir de janeiro seu terceiro mandato como presidente, após já ter governado o país entre 2003 e 2010.

"O Brasil é a minha causa, o povo é a minha causa, e combater a miséria é a razão pela qual vou viver até o fim da minha vida", disse o presidente eleito no encerramento do discurso.

Lula cita empresários, política internacional e meio-ambiente

Em aceno a empreendedores, Lula usou parte do discurso para afirmar que estimulará o empreendedorismo e a "criatividade" dos brasileiros. Afirmou também que irá "estabelecer o diálogo entre governo e empresários" e prometeu recriar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

"As grandes decisões políticas que impactam a vida dos brasileiros não serão tomadas em sigilo", disse.

Parte significativa do discurso também foi destinada à temática de política internacional. "O Brasil é grande demais para ser relegado a esse triste papel de pária do mundo", disse.

Lula afirmou que seu governo vai "recuperar credibilidade e previsibilidade", para que "investidores estrangeiros retomem a confiança no Brasil" e para que "deixem de enxergar o Brasil como fonte de lucro imediato e predatório e voltem a ser nossos parceiros" no desenvolvimento.

Lula também prometeu que governo vai "lutar pelo desmatamento zero da Amazônia". "Vamos provar mais uma vez que é possível gerar riqueza sem destruir o meio-ambiente", disse.

(Com reportagem de Carolina Riveira e Luciana Lima)

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