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Bolsonaro é esfaqueado em Juiz de Fora e se recupera após cirurgia

Candidato participava de passeata na cidade mineira; suspeito foi preso

Bolsonaro: Candidato foi esfaqueado durante campanha no centro da cidade de Juiz de Fora (Twitter/Reprodução)

Bolsonaro: Candidato foi esfaqueado durante campanha no centro da cidade de Juiz de Fora (Twitter/Reprodução)

Janaína Ribeiro

Janaína Ribeiro

Publicado em 6 de setembro de 2018 às 16h26.

Última atualização em 6 de setembro de 2018 às 21h45.

São Paulo - Jair Bolsonaro, candidato à presidência pelo PSL, foi atingido por uma facada enquanto fazia campanha em Juiz de Fora nesta quinta-feira (06).

O candidato chegou em estado de choque e com uma hemorragia forte na Santa Casa de Misericórdia da cidade.

A hemorragia foi contida, ele foi operado e está em uma situação de recuperação "satisfatória", segundo informações dadas pelos médicos em coletiva por volta das 21 horas.

Luís Henrique Borsato, da equipe de cirurgia geral, disse que houve uma lesão única, mas profunda, e que causou três perfurações no intestino delgado, tratadas com pontos.

Também houve uma lesão grave e extensa no intestino grosso, que não foi tratada com pontos e sim com uma colostomia, uma bolsa para onde o trânsito intestinal é desviado temporariamente.

O quadro foi classificado como "naturalmente grave", mas estável na recuperação do pós-operatório. O candidato deve ficar hospitalizado de uma semana a dez dias, no mínimo.

O momento do ataque pode ser visto em um tuíte divulgado pelo apresentador Milton Neves:

De acordo com o Cabo Albuquerque, da assessoria de comunicação da 4a região da Polícia Militar, o autor do ato foi preso em flagrante. Ele foi identificado pela polícia como Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos.

O momento em que o candidato é retirado pode ser visto de outro ângulo em vídeo divulgado pelo jornalista George Marques:

Os outros candidatos às eleições se manifestaram sobre o ocorrido nas redes sociais:

 

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O candidato a vice-presidente pelo PT, Fernando Haddad, que deve substituir Lula, classificou como "lastimável" o ataque:

"A pessoa tem lá suas idiossincrasias, seu temperamento, mas nós democratas precisamos garantir um processo pacífico, reforçar os valores democráticos. Não se pode entrar em provocação de jeito nenhum, sob nenhum pretexto. Deus me livre, que horror isso", disse Haddad em entrevista ao site Congresso em Foco e ao canal My News.

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