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Bolsonaro escolhe general Paulo Sérgio para comandar Exército

Para a Marinha, o escolhido foi o almirante Almir Garnier, e, na Aeronáutica, o brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior

Presidente Jair Bolsonaro (EVARISTO SA / AFP/AFP)

Presidente Jair Bolsonaro (EVARISTO SA / AFP/AFP)

AO

Agência O Globo

Publicado em 31 de março de 2021 às 17h26.

Última atualização em 31 de março de 2021 às 18h11.

O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, anunciou na tarde desta nesta quarta-feira os novos comandantes das Forças Armadas. O general Paulo Sérgio Nogueira vai assumir o Exército; o almirante de esquadra Almir Garnier Santos chefiará a Marinha; e o tenente-brigadeiro Baptista Júnior foi escolhido para a Aeronáutica.

Após Braga Netto conversar com os cotados ao longo do dia, ele os levou para uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto em busca do aval do mandatário do país. Logo depois, o ministro convocou a imprensa para apresentar os nomes publicamente.

A troca vem após uma crise que levou os três comandantes anteriores, Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica), a deixarem os cargos, após serem pressionados por Bolsonaro a demonstrarem maior apoio ao governo federal.

Esta foi a primeira vez desde 1985 que os comandantes das três Forças Armadas deixaram o cargo ao mesmo tempo sem ser em período de troca de governo.

Nas redes sociais, antes do anúncio oficial, o general José Luiz Freitas, comandante de Operações Terrestres do Exército, parabenizou Paulo Sérgio Nogueira pela indicação.

"Escolhido o novo Comandante do Exército, General Paulo Sérgio, excepcional figura humana e profissional exemplar. Como não poderia deixar de ser, continuaremos unidos e coesos, trabalhando incansavelmente pelo Exército de Caxias e pelo Brasil!", escreveu Freitas nas redes sociais.

Chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Exército, o general José Luiz Freitas disse no último final de semana, em entrevista ao jornal Correio Braziliense, que o Brasil deve se preparar para uma possível terceira onda da pandemia da Covid-19, considerando a situação da Europa, o que teria desagradado Bolsonaro.

Também nesta quarta-feira, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou a convocação do novo ministro da Defesa. Como o pedido não foi transformado em convite, Braga Netto será obrigado a comparecer à audiência, que ainda não tem data prevista.

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