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Bolsonaro elogia Weintraub outra vez: "Está sendo excelente"

Presidente ainda criticou abordagem das escolas sobre ditadura militar

Bolsonaro e Weintraub: (José Dias/PR/Flickr)

Bolsonaro e Weintraub: (José Dias/PR/Flickr)

AO

Agência O Globo

Publicado em 18 de dezembro de 2019 às 11h41.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro elogiou nesta quarta-feira o ministro da Educação, Abraham Weintraub, dizendo que ele faz um trabalho "excelente", enquanto voltou a criticar o educador Paulo Freire, a quem atribuiu o que considera uma qualidade ruim da educação do Brasil.

"No meu entender, (Weintraub) está sendo excelente. (Se) Tem certos jornalistas criticando, é porque está indo bem", afirmou Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada, ao ser questionado por um apoiador sobre o ministro.

No sábado, o presidente já havia dito que "não está prevista" nenhuma troca na sua equipe de ministros, após ser questionado sobre uma possível saída de Weintraub.

Nesta quarta, Bolsonaro também foi questionado sobre o possível retorno da disciplina de Educação Moral e Cívica, instituída no país durante a ditadura militar, e disse que tem coisas que só poderá mudar em 2022. Na sequência, criticou Paulo Freire, a quem já havia chamado de "energúmeno" na segunda-feira.

"O que acontece com a legislação... Tem coisa... Eu sou obrigado a cumprir a lei. As coisas desse ano foram definidas em anos anteriores. Tem coisas que só vou poder mudar em 22. Agora, essa filosofia, esse tal de Paulo Freire, que o pessoal fica elogiando... (Depois de) 16 anos, como está aí a educação do Brasil."

O presidente ainda afirmou que está implementando o projeto Escola Sem Partido "sem lei", colocando em cadernos o que chamou de direitos dos alunos:

"Já botamos isso sem lei. Já tem imprimido nos cadernos o que o aluno tem direito. O professor quer falar que o PT é legal, o aluno pode falar o contrário sem ser perseguido."

Bolsonaro também criticou a abordagem de escolas sobre a ditadura militar, dizendo que são publicadas mentiras, e voltou a criticar a questão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que que abordou o pajubá, conjunto de expressões associadas à comunidade LGBTI.

"Tem de aprender coisas úteis para o seu futuro. Olha só, a prova do Enem deste ano, alguém viu falar sobre gays ali? Lembra ano passado, a linguagem secreta dos gays... Para que isso? Pessoal me chama de homofóbico. O que acrescenta? Doutrinação. Em vez de falar o que aconteceu de verdade de 64 a 85 publicam mentiras", diz Bolsonaro, defendendo, novamente, a versão sustentada por ele e seus apoiadores.

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