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Bolsonaro diz que não quer tomar PSL, mas cobra divulgação de gastos

Sigla está rachada em grupos pró-Bivar, que ameaça até expulsão de dissidentes, e pró-Bolsonaro, que avaliam forma de deixar o partido

Jair Bolsonaro: "Devo ao partido, sim, minha eleição. Sei que tinha outros partidos à disposição, mas briga não é essa" (Adriano Machado/Reuters)

Jair Bolsonaro: "Devo ao partido, sim, minha eleição. Sei que tinha outros partidos à disposição, mas briga não é essa" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 10h38.

Última atualização em 16 de outubro de 2019 às 10h40.

São Paulo — Em meio à briga interna no PSL, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, 16, que não quer "tomar o partido de ninguém", mas cobrou a divulgação dos gastos da sigla. "Partido tem de fazer a coisa que tem de ser feita, normal. Não tem de esconder nada. Não quero tomar partido de ninguém, mas transparência faz parte. O dinheiro é público. São R$ 8 milhões por mês", disse o presidente.

Perguntado se deseja a saída do presidente do PSL, o deputado federal Luciano Bivar (PE), Bolsonaro disse que não defende "nada". Ainda afirmou não ter mágoas sobre ninguém. "Minha resposta é transparência para tudo", disse Bolsonaro.

"Então, vamos mostrar as contas. Não ficar, como a gente vê notícias por aí, de 'expulsa de lá, tira da comissão, vai retaliar'", afirmou o presidente.

No último dia 8, Bolsonaro externou a crise no partido ao pedir a um militante que "esquecesse o PSL" e dizer que Bivar estava "queimado para caramba". Desde então, a sigla está rachada em grupos pró-Bivar, que ameaça até expulsão de dissidentes, e pró-Bolsonaro, que avalia uma forma de deixar o partido sem abrir mão de mandato e dinheiro do fundo partidário.

"Eu não tenho falado nada do PSL. Zero. Zero. Zero. O tempo todo fofoca, que estou elegendo traidores para lá, para cá. O partido está com a oportunidade de se unir na transparência", declarou o presidente. "Devo ao partido, sim, minha eleição. Sei que tinha outros partidos à disposição, mas briga não é essa."

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