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Bolsonaro diz que decidirá destino do ministro da Educação na 2ª-feira

"Não é tanta notícia ruim como a imprensa vem publicando", afirmou Bolsonaro depois de participar de um churrasco

Jair Bolsonaro (Rodrigo Garrido/Reuters)

Jair Bolsonaro (Rodrigo Garrido/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de abril de 2019 às 17h49.

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro disse que vai decidir na segunda-feira, 7, o destino do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, e que cada um dos seus ministros vai fazer um balanço da sua área nesta semana para comemorar os 100 dias do seu governo.

"Não é tanta notícia ruim como a imprensa vem publicando", afirmou Bolsonaro depois de participar de um churrasco na casa de um amigo em Brasília neste domingo. O presidente ficou na residência, localizada em região nobre da capital federal, por mais de duas horas. O compromisso não constou na agenda oficial.

O dono da casa, Ricardo Zelenovsky, é companheiro de Bolsonaro do Exército. Ao deixar o local, o presidente vestia uma camiseta polo branca que ganhou com o seu nome. Ele falou rapidamente com a imprensa e disse que estava com amigos da turma de 1974. "O mais novo sou eu, todo mundo é general, e eu sou capitão", brincou.

As escapadas do presidente têm sido comuns. No mês passado, ele acompanhou a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em uma sessão de cinema na manhã de terça-feira em um shopping em Brasília. Bolsonaro chegou por volta das 9 horas ao cinema, onde assistiu ao filme "Superação - o milagre da fé".

Ao retornar ao Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, Bolsonaro parou para falar com apoiadores que o aguardavam. Ele pegou uma criança no colo e, quando questionado se o Palmeiras vai ganhar o jogo contra o São Paulo, afirmou que o placar deve ficar dois a zero para o time alviverde.

O presidente também disse que resolverá na segunda a disputa na Agência Brasileira de Exportações e Investimentos (Apex). Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Apex, Mário Vilalva, tem apoio dos militares do governo e está em confronto com diretores próximos do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, homem da confiança do escritor Olavo de Carvalho, guru ideológico de Bolsonaro.

Em relação ao acesso irregular de dados fiscais por servidores da Receita Federal, Bolsonaro disse que funcionários do órgão vinham "bisbilhotando" seus dados durante todo o ano passado. "Não sei qual o objetivo", completou.

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