(JUSTIN TALLIS / AFP/Getty Images)
Reuters
Publicado em 1 de janeiro de 2021 às 10h10.
Última atualização em 1 de janeiro de 2021 às 10h42.
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 31, sem dar detalhes, que o Brasil poderá comprar também a vacina da Moderna contra a covid-19.
Em sua live semanal, o presidente voltou a dizer que o governo irá disponibilizar vacinas para a parte da população interessada em ser imunizada contra o coronavírus, e repetiu, mais uma vez, que não tomará vacina contra a covid-19, se justificando pelo fato de já ter sido contaminado, apesar de haver casos registrados de reinfecção.
A Moderna teve sua vacina autorizada para uso emergencial pelos Estados Unidos no dia 19 de dezembro.
No momento, o Brasil está negociando com a Pfizer (PFE.N), que tem uma vacina desenvolvida com a BioNTech, para aquisição de seu imunizante contra a covid-19.
"Então, além da Pfizer, temos outra agora que se apresenta no momento, a Moderna, que poderá ser adquirida pelo Brasil", disse Bolsonaro.
"Parece que agora as empresas vão apresentar documentação junto à Anvisa, para a Anvisa então, caso ela certifique, nós imediatamente possamos fazer as tratativas e consigamos comprar essas vacinas", acrescentou. "Até porque parte da população clama por elas, então, quem tá querendo a vacina a gente vai acertar, da nossa parte, grátis e não obrigatório."
O governo federal já tem um acordo com a AstraZeneca, que desenvolveu uma vacina contra a covid-19 em parceria com a Universidade de Oxford.
Nesta quinta-feira, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, parceira da AstraZeneca no Brasil, disse à Reuters que pretende pedir junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso emergencial dessa vacina. O imunizante da AstraZeneca-Oxford teve o uso emergencial autorizado pelo Reino Unido na quarta-feira.
Além dessas, o Brasil conta também com a CoronaVac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac, que será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo do estado de São Paulo.
Na live, o presidente voltou a criticar governadores e prefeitos que paralisaram atividades econômicas como forma de conter a disseminação da covid-19. Criticou também duramente o uso de máscaras como forma de prevenção.
O Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou nesta quinta-feira 1.074 novas mortes pelo coronavírus, elevando o total para 194.949, o segundo maior número de óbitos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo o ministério, já foram infectados no país 7.675.973 pessoas, o terceiro maior número do mundo.