O ex-presidente Jair Bolsonaro foi transferido, nesta quarta-feira, 24, da sede da Polícia Federal, em Brasília, para o hospital DF Star, onde será submetido a uma cirurgia de hérnia marcada para a quinta-feira, 25, dia de Natal.
A internação ocorre para a realização de exames e protocolos pré-operatórios. Bolsonaro, de 70 anos, permanece sob custódia e cumpre pena de 27 anos e 3 meses de prisão. Esta é a primeira vez que o ex-presidente deixa a superintendência da PF desde o dia 22 de novembro.
Qual cirurgia Bolsonaro vai realizar
O procedimento indicado é uma herniorrafia inguinal bilateral. A cirurgia corrige a chamada hérnia inguinal, condição em que tecidos do abdômen se projetam por um ponto de fragilidade da parede muscular na região da virilha.
Quando o problema ocorre dos dois lados, como é o caso de Bolsonaro, ele recebe a classificação de bilateral. A condição pode causar dor, inchaço e desconforto, especialmente ao esforço físico, tosse ou longos períodos em pé.
Cirurgia é considerada eletiva e de baixo risco
De acordo com perícia realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, não há indicação de urgência ou emergência. O procedimento foi classificado como eletivo, com objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente.
A herniorrafia inguinal é considerada uma cirurgia de baixo risco e costuma ter recuperação rápida, sobretudo com técnicas modernas. A duração média do procedimento é de cerca de três horas.
Internação e período de recuperação
A defesa informou que Bolsonaro deve permanecer internado por cinco a sete dias após a cirurgia, para acompanhamento médico e controle da recuperação pós-operatória.
Antes do procedimento, o ex-presidente passa por exames de sangue e avaliações cardíacas para análise do risco cirúrgico.
Além da hérnia, os peritos também analisaram queixas de soluços persistentes relatadas por Bolsonaro. A avaliação indicou que o bloqueio do nervo frênico é uma medida clinicamente adequada e deve ser realizada assim que possível, conforme indicação médica.
Regras de segurança e custódia
A realização da cirurgia foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão determinou que a transferência ao hospital fosse feita de forma discreta, com acesso pelas áreas internas da unidade.
Durante a internação, Bolsonaro ficará em um setor isolado do hospital. A Polícia Federal manterá vigilância permanente, com agentes posicionados na entrada do quarto e equipes de prontidão dentro e fora da unidade.
Também está proibida a entrada de telefones celulares e computadores no quarto, com exceção de equipamentos médicos.
Acompanhantes e visitas
Bolsonaro está acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro solicitaram autorização para acompanhá-lo durante o procedimento, mas o pedido foi negado. Eventuais visitas dependem de autorização judicial prévia.
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