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Bolsonaro deixa PF após depoimento sobre supostas fraudes em cartões de vacinas

Depoimento durou quase 4 horas e, caso seja condenado, o ex-presidente pode pegar até 15 anos de prisão

Jair Bolsonaro: ex-presidente sai da sede da PF após mais de 3h30 de depoimento (Jair Bolsonaro/ Facebook/Reprodução)

Jair Bolsonaro: ex-presidente sai da sede da PF após mais de 3h30 de depoimento (Jair Bolsonaro/ Facebook/Reprodução)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 16 de maio de 2023 às 18h07.

Última atualização em 16 de maio de 2023 às 18h27.

Após quase 4 horas de depoimento, o ex-presidente Jair Bolsonaro saiu da sede da Polícia Federal em Brasília. O inquérito da PF investiga supostas fraudes nos registros de vacinação da família Bolsonaro e também envolviam o tenente Mauro Cid, ajudante de ordens da Presidência nos últimos quatro anos.

Segundo a coluna de Lauro Jardim, do "O Globo", foram, ao todo, mais de 60 perguntas no inquérito, que cobriram não somente questões relacionadas à fraude nos cartões de vacinação como também relativas à preparação do 8 de Janeiro.

O ex-presidente foi alvo de buscas da PF e teve o celular apreendido no dia 3 de maio, ocasião em que seis pessoas foram presas sob suspeita de integrar o esquema de fraudes. Se confirmadas as suspeitas, Bolsonaro pode pegar pena por dois crimes: a de partícipe do crime de inserção de dados falsos no sistema eletrônico do Ministério da Saúde e a de que ele e os demais suspeitos formaram uma associação criminosa com a finalidade de cometer o delito.

As penas para esses dois crimes, somadas, podem chegar a 15 anos de prisão.

Como foi o depoimento de Bolsonaro à PF?

Conforme a coluna de Lauro Jardim, Bolsonaro negou a participação no esquema de fraude dos cartões de vacinação de seus familiares. Também declarou que não pediu para que ninguém o fizesse, nem Mauro Cid nem Max Guilherme — que foram presos na semana passada.

Essa foi a terceira oitiva de Bolsonaro desde o início de abril. No dia 5 do mês passado ele foi interrogado pela PF sobre as joias recebidas do governo saudita, e no dia 23, por seu suposto envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro. Nos dois casos, ele negou ter cometido crimes.

*Mais informações em instantes

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