Brasil

Bolsonaro coloca delegado que comandou sua segurança na direção da Abin

Alexandre Ramagem foi um dos coordenadores da segurança da campanha do presidente Bolsonaro

Antes de assumir, Ramagem terá que passar por sabatina no Senado (Simon Dawson/Bloomberg)

Antes de assumir, Ramagem terá que passar por sabatina no Senado (Simon Dawson/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 8 de maio de 2019 às 18h40.

Brasília — O governo decidiu mudar o comando da Agência Brasileira de Inteligência e nomear como diretor o delegado da Polícia Federal Alexandre Ramagem, que foi um dos coordenadores da segurança da campanha do presidente Jair Bolsonaro.

A troca foi confirmada nesta quarta-feira pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva Augusto Heleno, a quem a Abin é subordinada.

"Nós vamos com muito cuidado, queremos fazer uma troca sem traumas, que não tem nada contra o atual diretor", disse Heleno, justificando que as mudanças na velocidade de informação mudaram o sistema de inteligência.

"A ideia é colocar alguém de outra área de inteligência para ter uma integração maior e uma rapidez maior nas atividades de inteligência."

Ramagem está hoje lotado na Secretaria de Governo, como assessor especial do ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz.

Essa será a segunda vez que a Abin será dirigida, nos anos recentes, por um delegado da Polícia Federal. Paulo Lacerda deixou a diretoria-geral da Polícia em 2007 e foi nomeado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para dirigir a Agência.

Segundo Heleno, não há ainda uma data para a nomeação de Ramagem, que substituirá Janér Tesch Hosken Alvarenga, servidor de carreira da agência indicado em 2016, no governo de Michel Temer.

"Não estabeleci ainda porque quero fazer uma troca muito tranquila, uma passagem de cargo absolutamente consciente, bem conduzida. É apenas uma troca para modificar um pouquinho a filosofia do nosso sistema de inteligência", explicou o ministro.

Antes de assumir, Ramagem terá que passar por sabatina no Senado.

Acompanhe tudo sobre:BrasilGoverno BolsonaroPolícia Federal

Mais de Brasil

Quem é o pastor indígena que foi preso na fronteira com a Argentina

Oito pontos para entender a decisão de Dino que suspendeu R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão

Ministro dos Transportes vistoria local em que ponte desabou na divisa entre Tocantins e Maranhão

Agência do Banco do Brasil é alvo de assalto com reféns na grande SP