Bolsonaro avalia falar em rede nacional sobre queimadas na Amazônia
Governo tem sido alvo de críticas de países europeus por aumento no número de queimadas
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de agosto de 2019 às 14h29.
Última atualização em 23 de agosto de 2019 às 14h50.
São Paulo — O presidente da República, Jair Bolsonaro, avalia falar em cadeia nacional de rádio e televisão sobre as queimadas na Amazônia e a política ambiental do governo, que tem sido alvo de críticas no Brasil e no exterior. A ideia é que ele tente controlar a narrativa sobre o episódio.
Após repercussão negativa sobre declarações polêmicas nas quais acusou Organizações Não Governamentais (ONGs) de serem as principais suspeitas pelos incêndios criminosos na Amazônia, o presidente evitou falas de improviso e o contato direto com a imprensa na manhã desta sexta-feira, 23.
Bolsonaro, que criou o hábito de conversar com jornalistas quase diariamente na saída do Palácio da Alvorada, disse que não poderia falar nesta sexta-feira, com a justificativa de que não tinha tempo.
As breves declarações foram feitas à distância, enquanto ele cumprimentava apoiadores e entrava no carro.
A Secretaria Especial da Comunicação (Secom) também montou um esquema de segurança para evitar o contato de Bolsonaro com jornalistas na cerimônia do Dia do Soldado, no Quartel General do Exército. A Secom vetou a presença da imprensa na visita do presidente a uma exposição no local.
O presidente vai se reunir com ministros na tarde desta sexta para discutir a situação na região amazônica, com a possibilidade de acionar tropas do Exército para auxiliar nas operações, o que ocorreria por meio de uma operação de Garantia de Lei e da Ordem (GLO).
Estão previstos no encontro os ministros da Defesa, Fernando Azevedo, de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Secretaria-Geral, Jorge Antonio de Oliveira.