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Bolsonaro alfineta Moro e diz que atual ministro "trabalha melhor"

Bolsonaro ainda afirmou que não tem dado motivos para a Polícia Federal ir atrás de seus ministros, em uma prova de que não haveria corrupção em seu governo

Jair Bolsonaro, em homenagem: "O trabalho de vocês no combate à corrupção fez que muitos olhassem para um candidato diferente e eu acabei sendo eleito" (Alan Santos/PR/Divulgação)

Jair Bolsonaro, em homenagem: "O trabalho de vocês no combate à corrupção fez que muitos olhassem para um candidato diferente e eu acabei sendo eleito" (Alan Santos/PR/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 8 de outubro de 2020 às 11h09.

Última atualização em 8 de outubro de 2020 às 11h10.

 Em cerimônia de formatura de novos policiais federais nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que o trabalho da instituição contra a corrupção ajudou-o a vencer a eleição presidencial de 2018, ao fazer com que os brasileiros procurassem um candidato "diferente".

"O trabalho de vocês no combate à corrupção fez que muitos olhassem para um candidato diferente e eu acabei sendo eleito", disse o presidente na solenidade.

Bolsonaro ainda afirmou que não tem dado motivos para a Polícia Federal ir atrás de seus ministros, em uma prova de que não haveria corrupção em seu governo. No entanto, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi indiciado pela PF por associação criminosa, apropriação indébita e falsidade ideológica eleitoral, pelo suposto uso de candidaturas-laranja no PSL nas últimas eleições.

Bolsonaro aproveitou a cerimônia ainda para alfinetar o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, ao dizer que o ministro atual, André Mendonça, tem feito um trabalho muito melhor que "aquele que nos deixou há pouco tempo".

Moro pediu demissão em abril deste ano e deixou o governo afirmando que Bolsonaro busca interferir politicamente na Polícia Federal, o que o presidente nega. A acusação levou à abertura de um inquérito contra Bolsonaro e também contra Moro, este por suposta difamação contra o presidente.

Nesta quinta o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deverá decidir se Bolsonaro pode depor por escrito no inquérito ou se terá de prestar esclarecimentos presencialmente.

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