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Bolsas europeias recuam após dados de emprego dos EUA

O índice Stoxx Europe 600 recuou 1,3% e fechou aos 333,06 pontos, perdendo 1,5% na semana e marcando o primeiro recuo semanal desde janeiro

Bolsa de Frankfurt: o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, fechou em queda de 2,01%, aos 9.350,75 pontos, com perda de 3,52 na semana (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 15h30.

São Paulo - Os mercados de ações da Europa fecharam em queda nesta sexta-feira, 7, depois que dados positivos do relatório de emprego dos Estados Unidos aumentaram preocupações sobre a manutenção ou até aceleração do ritmo de retirada de estímulos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

A tendência de baixa nas bolsas também foi gerada pelo primeiro calote do mercado doméstico de bônus corporativos da China, preocupações dos investidores com os desdobramentos da crise na Ucrânia e frustração com a falta de medidas adicionais de estímulo do Banco Central Europeu (BCE).

O índice Stoxx Europe 600 recuou 1,3% e fechou aos 333,06 pontos, perdendo 1,5% na semana e marcando o primeiro recuo semanal desde janeiro.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou no relatório conhecido como "payroll" que a economia dos EUA criou 175 mil postos de trabalho em fevereiro, bem acima da previsão de analistas consultados pela Dow Jones, de 152 mil novos empregos. O número de vagas criadas no país em janeiro e dezembro também foi revisado para cima.

A geração de postos de trabalhou passou para 129 mil em janeiro, da leitura inicial de 113 mil, e em dezembro passou para 84 mil, de 75 mil. Já a taxa de desemprego nos EUA subiu para 6,7% em fevereiro, de 6,6% em janeiro, ante previsão de 6,5% - segundo analistas, por causa da expansão da força de trabalho.

Segundo traders, alguns investidores estão retirando capital da Europa, inclusive da maior economia da região, a Alemanha. "O lema investir na Alemanha parece estar chegando ao fim, Tenho em vista que as pessoas preferem se voltar para os mercados dos Estados Unidos", disse uma das fontes, em meio a sinais de recuperação norte-americana.

Além disso, os dados do mercado de trabalho dos EUA elevaram os temores de que o Federal Reserve poderá reduzir suas compras mensais de bônus em um ritmo mais rápido do que o esperado. "Há uma preocupação de que a retirada de estímulos poderá se acelerar" na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), afirmou um trader.


Em reação ao indicador dos EUA, as bolsas europeias reverteram perdas iniciais e operaram momentaneamente em alta, contudo voltaram a cair logo em seguida.

O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, fechou em queda de 2,01%, aos 9.350,75 pontos, com perda de 3,52 na semana. O índice CAC 40, de Paris, perdeu 1,15%, aos 4.366,42 pontos, com recuo de 0,95% na semana.

Em Milão, o índice FTSE-Mib fechou em baixa de 0,98%, aos 20.634,21 pontos, com ganho semanal de 1,08%. No noticiário corporativo, as ações da Telecom Italia perderam 2,6%, depois de a empresa anunciar que não vai pagar dividendo no balanço do quarto trimestre.

Desde o início do pregão a tendência foi de baixa nos mercados europeus, influenciada por uma certa frustração com o Banco Central Europeu. Na quinta-feira, 6, a instituição manteve a política monetária inalterada e sinalizou que não deve tomar novas medidas no curto prazo. Ainda que grande parte dos analistas esperasse a manutenção dos juros pelo BCE, havia uma certa expectativa de anúncio de mais medidas para aumentar a liquidez.

Da China, outro motivo de cautela veio com a notícia de que a empresa de painéis solares Chaori Solar Energy Science & Technology anunciou que não pagará integralmente os juros de títulos de dívida emitidos por ela.

Essa é a primeira empresa chinesa a declarar calote nos pagamentos relacionados à dívida no mercado doméstico. Há alguns dias, a empresa já havia alertado que poderia não conseguir pagar 89,8 milhões de yuans (cerca de US$ 14,6 milhões) em juros de uma emissão de dívida feita em 2012.

O caso aumenta a lista de preocupações do mercado com a China, cuja economia tem desacelerado gradualmente e que tem emitido sinais que despertaram atenção sobre a saúde do sistema financeiro. Analistas dizem que o default da fabricante de painéis solares poderá ser um teste para o governo chinês, que tem tentado diminuir a dependência das companhias por crédito vindo do Estado.

Em Londres, o FTSE 100 encerrou em baixa de 1,12%, aos 6.712,67 pontos, com baixa semanal de 1,42%. As mineradoras foram as principais prejudicas pelas notícias da China e forte queda nos preços de metais.

Já na Ucrânia, os temores sobre um possível conflito militar voltaram a assombrar os mercados depois que a Marinha dos EUA enviou ontem um destroier equipado com mísseis para o Mar Negro, para "exercícios de rotina". Além disso, as tensões diplomáticas estão girando em torno do referendo convocado para o próximo dia 16 sobre a integração da Crimeia à Rússia, o que tem sido amplamente criticado por autoridades internacionais.

Em Madri, o índice IBEX-35 fechou com perda de 1,36%, aos 10.164,20 pontos, com ganho semanal de 0,49%. Já em Portugal, o índice PSI20, de Lisboa, caiu 0,53%, para 7.475,07 pontos, com ganho semanal de 1,29%. Com informações da Dow Jones Newswire.

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São Paulo - Os mercados de ações da Europa fecharam em queda nesta sexta-feira, 7, depois que dados positivos do relatório de emprego dos Estados Unidos aumentaram preocupações sobre a manutenção ou até aceleração do ritmo de retirada de estímulos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

A tendência de baixa nas bolsas também foi gerada pelo primeiro calote do mercado doméstico de bônus corporativos da China, preocupações dos investidores com os desdobramentos da crise na Ucrânia e frustração com a falta de medidas adicionais de estímulo do Banco Central Europeu (BCE).

O índice Stoxx Europe 600 recuou 1,3% e fechou aos 333,06 pontos, perdendo 1,5% na semana e marcando o primeiro recuo semanal desde janeiro.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou no relatório conhecido como "payroll" que a economia dos EUA criou 175 mil postos de trabalho em fevereiro, bem acima da previsão de analistas consultados pela Dow Jones, de 152 mil novos empregos. O número de vagas criadas no país em janeiro e dezembro também foi revisado para cima.

A geração de postos de trabalhou passou para 129 mil em janeiro, da leitura inicial de 113 mil, e em dezembro passou para 84 mil, de 75 mil. Já a taxa de desemprego nos EUA subiu para 6,7% em fevereiro, de 6,6% em janeiro, ante previsão de 6,5% - segundo analistas, por causa da expansão da força de trabalho.

Segundo traders, alguns investidores estão retirando capital da Europa, inclusive da maior economia da região, a Alemanha. "O lema investir na Alemanha parece estar chegando ao fim, Tenho em vista que as pessoas preferem se voltar para os mercados dos Estados Unidos", disse uma das fontes, em meio a sinais de recuperação norte-americana.

Além disso, os dados do mercado de trabalho dos EUA elevaram os temores de que o Federal Reserve poderá reduzir suas compras mensais de bônus em um ritmo mais rápido do que o esperado. "Há uma preocupação de que a retirada de estímulos poderá se acelerar" na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), afirmou um trader.


Em reação ao indicador dos EUA, as bolsas europeias reverteram perdas iniciais e operaram momentaneamente em alta, contudo voltaram a cair logo em seguida.

O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, fechou em queda de 2,01%, aos 9.350,75 pontos, com perda de 3,52 na semana. O índice CAC 40, de Paris, perdeu 1,15%, aos 4.366,42 pontos, com recuo de 0,95% na semana.

Em Milão, o índice FTSE-Mib fechou em baixa de 0,98%, aos 20.634,21 pontos, com ganho semanal de 1,08%. No noticiário corporativo, as ações da Telecom Italia perderam 2,6%, depois de a empresa anunciar que não vai pagar dividendo no balanço do quarto trimestre.

Desde o início do pregão a tendência foi de baixa nos mercados europeus, influenciada por uma certa frustração com o Banco Central Europeu. Na quinta-feira, 6, a instituição manteve a política monetária inalterada e sinalizou que não deve tomar novas medidas no curto prazo. Ainda que grande parte dos analistas esperasse a manutenção dos juros pelo BCE, havia uma certa expectativa de anúncio de mais medidas para aumentar a liquidez.

Da China, outro motivo de cautela veio com a notícia de que a empresa de painéis solares Chaori Solar Energy Science & Technology anunciou que não pagará integralmente os juros de títulos de dívida emitidos por ela.

Essa é a primeira empresa chinesa a declarar calote nos pagamentos relacionados à dívida no mercado doméstico. Há alguns dias, a empresa já havia alertado que poderia não conseguir pagar 89,8 milhões de yuans (cerca de US$ 14,6 milhões) em juros de uma emissão de dívida feita em 2012.

O caso aumenta a lista de preocupações do mercado com a China, cuja economia tem desacelerado gradualmente e que tem emitido sinais que despertaram atenção sobre a saúde do sistema financeiro. Analistas dizem que o default da fabricante de painéis solares poderá ser um teste para o governo chinês, que tem tentado diminuir a dependência das companhias por crédito vindo do Estado.

Em Londres, o FTSE 100 encerrou em baixa de 1,12%, aos 6.712,67 pontos, com baixa semanal de 1,42%. As mineradoras foram as principais prejudicas pelas notícias da China e forte queda nos preços de metais.

Já na Ucrânia, os temores sobre um possível conflito militar voltaram a assombrar os mercados depois que a Marinha dos EUA enviou ontem um destroier equipado com mísseis para o Mar Negro, para "exercícios de rotina". Além disso, as tensões diplomáticas estão girando em torno do referendo convocado para o próximo dia 16 sobre a integração da Crimeia à Rússia, o que tem sido amplamente criticado por autoridades internacionais.

Em Madri, o índice IBEX-35 fechou com perda de 1,36%, aos 10.164,20 pontos, com ganho semanal de 0,49%. Já em Portugal, o índice PSI20, de Lisboa, caiu 0,53%, para 7.475,07 pontos, com ganho semanal de 1,29%. Com informações da Dow Jones Newswire.

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