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BNDES libera informações sobre contratos com Cuba e Angola

A liberação dos dados é parte da ampliação do programa BNDES Transparente, anunciada hoje pelo banco

Luciano Coutinho disse que a nova versão do BNDES Transparente é “amigável” e fácil de manusear (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2015 às 17h47.

Brasília - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou hoje (2) que retirou a classificação de secretas para as operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) com Cuba e Angola.

A liberação dos dados é parte da ampliação do programa BNDES Transparente, anunciada hoje (2) pelo banco, vinculado à pasta do Desenvolvimento. Como parte do programa, as informações sobre contratos com esses e outros países estão disponíveis online em uma plataforma de fácil manuseio, segundo o BNDES.

A decisão do ministério ocorre após veto da presidente Dilma Rousseff, no último dia 22 de maio, a texto aprovado pelo Congresso prevendo o fim do sigilo às operações do BNDES.

Segundo o ministro Armando Monteiro, a desclassificação do caráter secreto das operações preserva as informações mais sigilosas das empresas envolvidas nos contratos.

“[Entendemos que] seria próprio desclassificar documentos que traziam uma informação mais restritiva, particularmente sobre as operações de Cuba e Angola”, disse.

De acordo com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a página do programa na internet ( www.bndes.gov.br/bndestransparente ) traz resumo do objeto do contrato, valor financiado, taxas de juros e garantias.

Entre as informações resguardadas estão, segundo ele, as que pertencem “à intimidade da empresa”, e que, se divulgadas, poderiam revelar estratégia de negócios e situação financeira, por exemplo.

Coutinho informou que já estão disponíveis na internet contratos de comércio exterior no período de 2007 a 2015 no valor de US$ 11,9 bilhões.

Também estão acessíveis 1.753 contratos domésticos no período de 2012 a 2015, no valor de R$ 320 bilhões. A expectativa do banco é, no futuro, retroagir a anos anteriores a 2012 para divulgação dos contratos domésticos.

Luciano Coutinho disse que a nova versão do BNDES Transparente é “amigável” e fácil de manusear.

O banco de desenvolvimento também assinou nesta terça-feira um memorando de entendimento com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

De acordo com o presidente do BNDES, o objetivo é que o banco se submeta ao “crivo” do Pnud e observe todas as práticas de transparência e controle recomendadas pela instância das Nações Unidas.

“O banco está disponível e desejoso de prestar informações ao Congresso, a órgãos de controle e principalmente à sociedade”, ressaltou.

Luciano Coutinho comentou ainda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinando que o BNDES libere para o Tribunal de Contas da União (TCU) informações sobre o grupo JBS Friboi.

“Nós havíamos disponibilizado todas as informações para o tribunal, com exceção do rating de crédito e as relativas à intimidade financeira da empresa. Com a decisão do Supremo, nós vamos poder fornecer [esses dados] em segurança”, afirmou.

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Brasília - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou hoje (2) que retirou a classificação de secretas para as operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) com Cuba e Angola.

A liberação dos dados é parte da ampliação do programa BNDES Transparente, anunciada hoje (2) pelo banco, vinculado à pasta do Desenvolvimento. Como parte do programa, as informações sobre contratos com esses e outros países estão disponíveis online em uma plataforma de fácil manuseio, segundo o BNDES.

A decisão do ministério ocorre após veto da presidente Dilma Rousseff, no último dia 22 de maio, a texto aprovado pelo Congresso prevendo o fim do sigilo às operações do BNDES.

Segundo o ministro Armando Monteiro, a desclassificação do caráter secreto das operações preserva as informações mais sigilosas das empresas envolvidas nos contratos.

“[Entendemos que] seria próprio desclassificar documentos que traziam uma informação mais restritiva, particularmente sobre as operações de Cuba e Angola”, disse.

De acordo com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a página do programa na internet ( www.bndes.gov.br/bndestransparente ) traz resumo do objeto do contrato, valor financiado, taxas de juros e garantias.

Entre as informações resguardadas estão, segundo ele, as que pertencem “à intimidade da empresa”, e que, se divulgadas, poderiam revelar estratégia de negócios e situação financeira, por exemplo.

Coutinho informou que já estão disponíveis na internet contratos de comércio exterior no período de 2007 a 2015 no valor de US$ 11,9 bilhões.

Também estão acessíveis 1.753 contratos domésticos no período de 2012 a 2015, no valor de R$ 320 bilhões. A expectativa do banco é, no futuro, retroagir a anos anteriores a 2012 para divulgação dos contratos domésticos.

Luciano Coutinho disse que a nova versão do BNDES Transparente é “amigável” e fácil de manusear.

O banco de desenvolvimento também assinou nesta terça-feira um memorando de entendimento com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

De acordo com o presidente do BNDES, o objetivo é que o banco se submeta ao “crivo” do Pnud e observe todas as práticas de transparência e controle recomendadas pela instância das Nações Unidas.

“O banco está disponível e desejoso de prestar informações ao Congresso, a órgãos de controle e principalmente à sociedade”, ressaltou.

Luciano Coutinho comentou ainda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinando que o BNDES libere para o Tribunal de Contas da União (TCU) informações sobre o grupo JBS Friboi.

“Nós havíamos disponibilizado todas as informações para o tribunal, com exceção do rating de crédito e as relativas à intimidade financeira da empresa. Com a decisão do Supremo, nós vamos poder fornecer [esses dados] em segurança”, afirmou.

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