São Paulo - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prepara condições de financiamento para projetos de geração de energia solar e devem ser apresentadas em cerca de 60 dias antes do leilão previsto, disse nesta terça-feira o superintendente da Área de Infraestrutura do BNDES, Nelson Siffert Filho.
O governo federal prepara um leilão de energia de reserva para o segundo semestre em que a solar terá um produto específico, não precisando mais competir com fontes mais baratas, o que facilita viabilização de projetos.
Segundo Siffert, as áreas técnicas do BNDES estão avaliando as condições adequadas e o índice de nacionalização mínimo a ser exigido para projetos de geração de energia solar, que ainda não têm uma indústria estabelecida no Brasil.
"Você vai partir com um índice de nacionalização de 60 por cento. Pode partir de um índice de conteúdo nacional menor que 60 por cento, desde que produtores e fornecedores dessa indústria se comprometam com BNDES e a Finame em agregar valor e aumentar o índice de conteúdo nacional ao longo do tempo", disse ele a jornalistas, após palestra em evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Siffert explicou que seria possível estabelecer índice de nacionalização nas áreas de obras civis, na integração dos paineis solares e elementos dentro dos paineis.
O BNDES também avalia poder oferecer uma linha de crédito não em TJLP, conforme oferece para a parte de uso de conteúdo nacional dos projetos, mas também oferecer uma linha em IPCA para equipamentos importados sem similar nacional.
"Isso seria uma forma de evitar que projetos de energia solar tenham um financiamento em moeda estrangeira. Como a receita é em moeda nacional, isso poderia trazer um risco para os projetos de descasamento de moedas", disse.
O volume de recursos para projetos solares irá depender da demanda, segundo Siffert, que considera que o banco deverá ter condições de financiar todos os projetos que vencerem o leilão. "Eu acredito que o banco teria condições de financiar todos os projetos e, eventualmente, poderia ter uma modelagem que envolva também emissão de debêntures, assim como tem outros projetos de energia", disse.
Siffert disse ainda que os financiamentos do BNDES para energia neste ano devem ser de cerca de 20 bilhões de reais, ante 19 bilhões de reais em 2013. O segmento de logística tende a ter crescimento mais acelerado e, em até quatro anos deverá receber volume de empréstimo similar ao de energia atualmente, segundo Siffert. No ano passado, o segmento de logística recebeu cerca de 9 bilhões de reais em créditos, segundo ele.
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1. Faça sol, faça chuva...
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São Paulo – Neste domingo,
Abu Dhabi inaugurou a primeira grande usina solar dos
Emirados Árabes. Além de representar um marco do desenvolvimento de fontes
renováveis numa região extremamente dependente de petróleo, a usina Shams 1, que tem 100 megawatts (MW) de capacidade instalada, se distingue por ser uma central de
energia solar concentrada (da sigla em inglês CSP, Concentrated Solar Power). Ao invés de gerar eletricidade diretamente, como nas células solares fotovoltaicas, a tecnologia CSP utiliza espelhos para concentrar a luz solar sobre encanamento, aquecendo uma mistura de sal fundido, que em contato com a água produz vapor em seu interior. Este vapor aciona então as turbinas e os geradores de eletricidade. Para estocar calor e operar 24h, mesmo em dias de pouca radiação solar, as usinas usam sofisticadas tecnologias de armazenamento térmico, que mantém milhares de litros de sal fundido a temperaturas elevadas.
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2. Solar Energy Generating Systems
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País: Estados Unidos Local: Deserto de Mojave, Califórnia Capacidade: 354MW Em operação desde: 1985* O parque solar é composto por nove usinas no deserto de Mojave, que está entre as regiões com maior insolação dos EUA. Segundo a empresa NextEra Energy Resources, dona e operadora, o parque gera energia suficiente para abastecer mais de 200 mil residências. *quando a primeira usina entrou em operação
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3. Solnova Solar Power Station
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País: Espanha Local: Sanlúcar la Mayor Capacidade: 150MW Em operação desde: 2010 Pertencente ao grupo Abengoa Solar, a estação é formada por cinco usinas solares, três delas já em operação. Cada uma tem 50 MW de capacidade instalada. Outras duas usinas estão em construção.
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4. Andasol Solar Power Station
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País: Espanha Local: Aldiere (Granada) Capacidade: 150 MW Em operação desde: 2008 Andasol é a primeira usina termossolar comercial de calha parabólica da Europa e fornece eletricidade para até 200 mil pessoas.
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5. Extresol Solar Power Station
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País: Espanha Local: Torre de Miguel Sesmero
Capacidade: 150 MW
Em operação desde: 2009
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6. Palma del Rio Solar Power Station
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País: Espanha
Local: Palma del Río, Cordoba
Capacidade: 100 MW
Em operação desde: 2011
Formada por duas usinas, a estação de Palma del Río gera energia renovável para o consumo de cerca de 70 mil casas por ano, evitando a emissão de 220 mil toneladas de CO2, comparada com as usinas a carvão.
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7. Martin Next Generation Solar Energy Center
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País: Estados Unidos
Local: Indiantown, Florida
Capacidade: 75 megawatts
Em operação desde: 2010
Estima-se que ao longo de 30 anos de funcionamento, a estação solar vai evitar a emissão de 2.75 milhões de toneladas de gases efeito estufa na atmosfera.
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8. Nevada Solar
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País: Estados Unidos
Local: Boulder City, Nevada
Capacidade: 75 MW
Em operação desde: 2007
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9. Majadas de Tiétar
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País: Espanha Local: Cáceres Capacidade: 50 MW Em operação desde: 2010
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10. Puerto Errado
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País: Espanha
Local: Múrcia
Capacidade: 31.4 MW
Em operação desde: 2012
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11. Kuraymat Plant
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11/12 (Divulgação)
País: Egito
Local: Kuraymat
Capacidade: 20MW
Em operação desde: 2010
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