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BNDES aprova crédito de R$ 4,64 bi para obras em Congonhas e 10 aeroportos

Aena usará o pacote de R$ 5,7 bilhões para ampliar terminais, incluindo novo prédio de passageiros em Congonhas, com entrega prevista até 2028

Aeroporto de Congonhas: (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Aeroporto de Congonhas: (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 10h00.

Última atualização em 1 de dezembro de 2025 às 13h14.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai aportar R$ 4,64 bilhões no pacote de financiamento dos investimentos da espanhola Aena nos 11 aeroportos arrematados pela companhia na sétima rodada de concessões, realizada em agosto de 2022.

O bloco inclui o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e outros dez terminais.

Na época do leilão, o investimento total previsto era de R$ 7,3 bilhões. A Aena pagou R$ 2,4 bilhões em outorga para vencer a disputa.

O pacote de financiamento soma R$ 5,7 bilhões. A maior parte, R$ 5,3 bilhões, veio de uma emissão de títulos de dívida coordenada pelo BNDES em parceria com o banco Santander. Dos papéis emitidos, o banco de fomento ficou com R$ 4,24 bilhões, enquanto pouco mais de R$ 1 bilhão foi adquirido por outros investidores.

"A combinação entre as debêntures e o Finem do BNDES, em uma estrutura non-recourse e com um inovador mecanismo de reajuste automático [repricing], garante capital de longo prazo para ampliar, modernizar e tornar mais sustentáveis os 11 aeroportos do bloco SP/MS/PA/MG”, comentou Renato Ejnisman, vice-presidente do Santander Corporate & Investment Banking.

Além dos títulos, o BNDES aprovou um empréstimo de R$ 400 milhões para as concessionárias, elevando a participação total do banco para R$ 4,64 bilhões.

Investimentos nos 11 aeroportos

O bloco operado pela Aena inclui os aeroportos de Congonhas (SP), Campo Grande (MS), Ponta Porã (MS), Corumbá (MS), Santarém (PA), Marabá (PA), Carajás (PA), Altamira (PA), Uberlândia (MG), Uberaba (MG) e Montes Claros (MG).

Segundo o BNDES, o financiamento vai custear a maior fase de investimentos prevista nas concessões. Isso inclui “a ampliação e a adequação dos aeroportos para o atendimento às especificações mínimas de infraestrutura, para o aumento de capacidade operacional e para melhorias estruturais e de sustentabilidade”.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou, em nota, que o financiamento integra os esforços do governo federal para ampliar o número de passageiros nos aeroportos e melhorar a qualidade do atendimento.

Cronograma das obras e impacto econômico

O prazo para conclusão dessa etapa de obras é junho de 2028 no caso de Congonhas. Nos demais terminais, as intervenções precisam ser entregues até junho de 2026.

De acordo com o banco de fomento, as obras devem gerar 700 empregos. Após a conclusão das ampliações, a operação dos terminais deverá contar com mais 2 mil empregos diretos e indiretos.

Congonhas receberá R$ 2 bilhões em investimentos. O terminal da capital paulista terá um novo prédio de passageiros, com 105 mil metros quadrados, mais do que o dobro da área atual.

A presença global da Aena

A Aena opera 46 aeroportos e dois heliportos na Espanha. Também detém 51% da concessionária do Aeroporto de Londres-Luton e administra 12 terminais no México e outros dois na Jamaica.

No Brasil, além dos 11 aeroportos da sétima rodada, a empresa opera os terminais de Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PB), concedidos na quinta rodada, em 2019. Nessa operação, a empresa tomou R$ 1 bilhão em financiamentos com o BNDES.

*Com informações do Globo

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