Brasil

Blocos fecham a folia de rua hoje em São Paulo

Neste domingo, foliões se reúnem para dançar ao som de marchinhas e exibir fantasias. A Vila Madalena, na zona oeste, continua sendo o polo da ressaca da folia


	Blocos: Vila Madalena, na zona oeste, continua sendo o polo da ressaca da folia
 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Blocos: Vila Madalena, na zona oeste, continua sendo o polo da ressaca da folia (Tomaz Silva/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2015 às 10h31.

São Paulo - A Quarta-Feira de Cinzas não levou o carnaval de São Paulo. Neste domingo, foliões ainda se reúnem para dançar ao som de marchinhas e exibir suas fantasias. A Vila Madalena, na zona oeste, continua sendo o polo da ressaca da folia, mas bairros como o Butantã também estão no mapa pós-carnavalesco.

Baseado nos grandes sucessos das décadas de 1980 e 1990, o bloco Vou de Táxi se concentra a partir do meio-dia de hoje no Largo da Batata, prometendo colocar os foliões para dançar ao som de releituras que vão de Xuxa a É o Tchan.

"É o segundo evento do bloco. Desfilamos no pós-carnaval, sempre no domingo. É para fazer a ressaca do carnaval, porque todo mundo se diverte, mas sempre fica um gostinho de quero mais", diz o advogado Giovanni De Luca, de 31 anos, um dos fundadores do bloco.

De Luca conta que a ideia surgiu a partir de afinidades entre seu grupo de amigos. "Somos quatro amigos, todos nascidos na década de 1980, e temos a cultura dos anos 1990. Curtimos Xuxa, Angélica, É o Tchan." Ele destaca a importância dos blocos após o período de festa. "É importante para quem trabalha no carnaval, para quem viajou para descansar e para quem não tem mais pique para folia ininterrupta."

O advogado afirma que aprova a expansão do carnaval de rua em São Paulo. "Estou achando muito bom, porque sempre viajei nessa época. Tinha ficado aqui, pela última vez, há quatro anos, ainda tem muita coisa para aperfeiçoar, mas está bem melhor", diz.

Músico e produtor cultural, Digo Castello, de 29 anos, é um dos fundadores do bloco Kaya na Gandaia, que toca samba-reggae e versões carnavalescas do cantor Bob Marley. Ele diz que o carnaval da ressaca é uma tendência. "Eu acho que é natural. Nas grandes cidades, onde há tradicionalmente o carnaval de rua, sempre tem o bloco que faz a folia no fim de semana seguinte. O carnaval é um feriado de quatro dias que costuma durar um mês", diz.

Crescimento. Castello também afirma que notou o crescimento da festividade em São Paulo e elogia a iniciativa de ocupar as ruas.

"Está crescendo muito, a gente vê pelos números oficiais dos blocos cadastrados. As pessoas estão cada vez curtindo mais, criando seus próprios blocos. E está mais organizado, passamos o ano conversando com a Subprefeitura de Pinheiros. Surpreende a qualidade dos blocos, a maioria apresentou um trabalho legal, com músicas próprias e fantasias."

Neste ano, 300 blocos se inscreveram na folia de rua da capital, cem a mais do que no ano passado. Esquemas foram montados para receber o público, estimado em 1,5 milhão de pessoas apenas nos grupos oficiais, segundo dados da São Paulo Turismo (SPTuris).

Vestir roupas listradas, não urinar na rua, cuidar do lixo e respeitar os moradores da Vila Madalena estão entre os pedidos do convite do bloco Tem Mas Acabou, que desfila hoje, a partir das 15 horas, no bairro. A concentração do quinto desfile do bloco será na Rua Original, número 89.

No Butantã, também às 15 horas, será realizado o desfile do bloco Descontrole Folia, que existe há sete anos e mistura axé e o som das baterias de escola de samba. Os foliões vão se reunir na Avenida Professor João de Lorenzo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Carnavalcidades-brasileirasMetrópoles globaissao-paulo

Mais de Brasil

Moradores de Ribeirão Preto abandonam casas em meio a incêndio; veja vídeos

Queimadas no Brasil: veja quais são as áreas com maior risco de serem atingidas neste sábado

Governo Lula acompanha incêndios em diversas cidades em São Paulo: "Cenários assustadores"

São Paulo enfrenta maior onda de queimadas em décadas; 34 cidades estão em alerta máximo

Mais na Exame