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Bloco do Rio comemora 25 anos de carnaval com sátiras atuais

Com 25 anos de folia, o Bloco de Segunda apostou em temas atuais para reforçar a irreverência que marca seus desfiles desde quando eles aconteciam fora do Carnaval

Bloco de Carnaval de rua no Rio: com apenas um ano a mais que o bloco, a designer Julia Maia conta que o que chama a atenção nele é a tradição e a irreverência (REUTERS/Pilar Olivares)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2013 às 18h21.

Rio de Janeiro- O Bloco de Segunda ganhou na tarde de hoje (11) as ruas do Humaitá, na Zona Sul do Rio , para comemorar suas bodas de prata com o Carnaval. Com grande parte dos foliões fantasiados, o bloco saiu da Rua Marquês, às 15h, e seguiu para a Voluntários da Pátria, que é mais espaçosa. Com 25 anos de folia, o Bloco de Segunda apostou em temas atuais para reforçar a irreverência que marca seus desfiles desde quando eles aconteciam fora do Carnaval:

"Nosso primeiro desfile não foi de Carnaval, mas de 7 de Setembro!", conta a jornalista Lídia Pena, uma das organizadoras do bloco, que relembra: "A ideia na época era satirizar o Sarney, e o samba perguntava se não seria melhor trocá-lo pelo Dom Pedro".

No samba deste ano, as brincadeiras não traziam o mesmo tom político. A canção 25 carnavais em 50 tons de cores tropicais fez uma mistura com fenômenos da cultura pop como o livro best-seller 50 Tons de Cinza, e músicas que ganharam as rádios no ano passado, como Esse cara sou eu, de Roberto Carlos, e Camaro Amarelo, da dupla sertaneja Munhoz e Mariano. A letra, que conquistou os foliões, também contava com homenagens a Hebe Camargo e Oscar Niemeyer, que morreram no ano passado, e ao ceramista Jorge Selarón, encontrado morto em 10 de janeiro e famoso pelas escadarias coloridas da Lapa, no Rio de Janeiro.

Segundo Lídia, a escolha da segunda-feira foi uma questão de oportunidade. Blocos considerados irmãos do Bloco de Segunda, como o Simpatia é Quase Amor e o Suvaco de Cristo já desfilavam em outros dias, o que motivou a escolha.


Com apenas um ano a mais que o bloco, a designer Julia Maia, de 26 anos, conta que o que chama a atenção nele é a tradição e a irreverência: "Sou de Niterói, mas já é a quinta vez que venho nesse bloco. Voltei porque no ano passado foi muito divertido".

De peruca azul celeste e com cílios postiços, Julia se abanava para amenizar o calor na Rua Marquês, em frente ao Cobal do Humaitá, complexo gastronômico do bairro. A previsão do Climatempo para a segunda-feira era de temperaturas de até 36 graus na cidade. Às 16h, quando o o bloco chegava à Rua Voluntários da Pátria, os termômetros do instituto marcavam 34 graus.

Os foliões do bloco tiveram mesmo que enfrentar mais calor neste ano porque o desfile aconteceu um pouco mais cedo. Antes marcado para às 16h, o Bloco de Segunda teve que sair às 15h porque sua bateria também esquenta o desfile da São Clemente, escola de samba que abre o desfile da segunda noite do grupo especial na Marquês de Sapucaí.

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Rio de Janeiro- O Bloco de Segunda ganhou na tarde de hoje (11) as ruas do Humaitá, na Zona Sul do Rio , para comemorar suas bodas de prata com o Carnaval. Com grande parte dos foliões fantasiados, o bloco saiu da Rua Marquês, às 15h, e seguiu para a Voluntários da Pátria, que é mais espaçosa. Com 25 anos de folia, o Bloco de Segunda apostou em temas atuais para reforçar a irreverência que marca seus desfiles desde quando eles aconteciam fora do Carnaval:

"Nosso primeiro desfile não foi de Carnaval, mas de 7 de Setembro!", conta a jornalista Lídia Pena, uma das organizadoras do bloco, que relembra: "A ideia na época era satirizar o Sarney, e o samba perguntava se não seria melhor trocá-lo pelo Dom Pedro".

No samba deste ano, as brincadeiras não traziam o mesmo tom político. A canção 25 carnavais em 50 tons de cores tropicais fez uma mistura com fenômenos da cultura pop como o livro best-seller 50 Tons de Cinza, e músicas que ganharam as rádios no ano passado, como Esse cara sou eu, de Roberto Carlos, e Camaro Amarelo, da dupla sertaneja Munhoz e Mariano. A letra, que conquistou os foliões, também contava com homenagens a Hebe Camargo e Oscar Niemeyer, que morreram no ano passado, e ao ceramista Jorge Selarón, encontrado morto em 10 de janeiro e famoso pelas escadarias coloridas da Lapa, no Rio de Janeiro.

Segundo Lídia, a escolha da segunda-feira foi uma questão de oportunidade. Blocos considerados irmãos do Bloco de Segunda, como o Simpatia é Quase Amor e o Suvaco de Cristo já desfilavam em outros dias, o que motivou a escolha.


Com apenas um ano a mais que o bloco, a designer Julia Maia, de 26 anos, conta que o que chama a atenção nele é a tradição e a irreverência: "Sou de Niterói, mas já é a quinta vez que venho nesse bloco. Voltei porque no ano passado foi muito divertido".

De peruca azul celeste e com cílios postiços, Julia se abanava para amenizar o calor na Rua Marquês, em frente ao Cobal do Humaitá, complexo gastronômico do bairro. A previsão do Climatempo para a segunda-feira era de temperaturas de até 36 graus na cidade. Às 16h, quando o o bloco chegava à Rua Voluntários da Pátria, os termômetros do instituto marcavam 34 graus.

Os foliões do bloco tiveram mesmo que enfrentar mais calor neste ano porque o desfile aconteceu um pouco mais cedo. Antes marcado para às 16h, o Bloco de Segunda teve que sair às 15h porque sua bateria também esquenta o desfile da São Clemente, escola de samba que abre o desfile da segunda noite do grupo especial na Marquês de Sapucaí.

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