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Blocão se reúne com Alckmin para mais uma tentativa de apontar vice

De acordo com fontes, seguem na mesa os nomes de Aldo Rebelo (Solidariedade), Mendonça Filho e Tereza Cristina, ambos do DEM

Geraldo Alckmin: candidato tentou mais uma vez cooptar o senador pelo Paraná Álvaro Dias, pré-candidato ao Palácio do Planalto (Adriano Machado/Reuters)

Geraldo Alckmin: candidato tentou mais uma vez cooptar o senador pelo Paraná Álvaro Dias, pré-candidato ao Palácio do Planalto (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 31 de julho de 2018 às 20h45.

Brasília - O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, fará uma nova reunião nesta quarta-feira com os partidos do blocão (DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade) em uma tentativa de fechar a indicação do nome para concorrer à vice-presidência na chapa do tucano, mas membros do grupo ouvidos pela Reuters garantem que até agora não existe um acordo.

"Vamos fazer uma nova reunião, mas não acredito que vai ser possível anunciar amanhã, como gostariam", disse o presidente do PRB, Marcos Pereira.

Na semana passada, depois do anúncio formal de apoio a Alckmin, os partidos do blocão decidiram nomear o presidente do DEM, o prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto, como interlocutor com o PSDB para se chegar a um nome.

Depois de ver o empresário Josué Gomes, filiado ao PR e indicado pelo grupo, rejeitar a candidatura à vice-presidência, o blocão afirmou que não iria mais exigir o cargo para um dos cinco partidos. Alckmin ainda tem em sua aliança PPS, PSD e PTB, mas queria o poder de veto a um nome.

De acordo com as fontes ouvidas pela Reuters, seguem na mesa os nomes de Aldo Rebelo (Solidariedade), Mendonça Filho e Tereza Cristina, ambos do DEM. "São esses que ainda estão por aí", confirmou o deputado Marcos Montes (PSD-MG).

Um nome do DEM, no entanto, poderia balançar o acordo feito na aliança, de apoio à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados em 2019.

"Eu não estou intransigente, mas poderia abalar a garantia de reeleição do Rodrigo Maia, o que acredito interessa mais a eles", disse Marcos Pereira, que foi o primeiro a levantar a objeção de que o DEM ficasse com os dois cargos mais importantes na aliança.

Chegou-se a levantar o nome da senadora Ana Amélia (PP-RS), que daria a Alckmin uma vice mulher e da região Sul, onde têm perdido espaço. O próprio candidato tentou mais uma vez cooptar o senador pelo Paraná Álvaro Dias, pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo Podemos. No entanto, em entrevista à Reuters, Dias afirmou que seria um "descarado" se aceitasse uma aliança com o PSDB.

Os partidos têm até segunda-feira para definir as chapas. Apesar das convenções precisarem acontecer até domingo, as atas precisam ser entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na segunda-feira.

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