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Bernardo: Verba das Comunicações cairá pela metade

Apesar da restrição orçamentária, o ministro das Comunicações disse acreditar que os projetos prioritários do ministério deverão ser mantidos

Esplanada dos Ministérios: Comunicação terá verba cortada pela metade (Arquivo/Wikimedia Commons)

Esplanada dos Ministérios: Comunicação terá verba cortada pela metade (Arquivo/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2011 às 22h30.

São Paulo - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse na noite de hoje que o orçamento da sua pasta deve cair praticamente pela metade como resultado do programa de cortes de gastos de R$ 50 bilhões anunciado pelo governo federal. De acordo com a assessoria do ministério, o orçamento das Comunicações deve passar de cerca de R$ 950 milhões para aproximadamente R$ 450 milhões.

Após proferir palestra na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, na capital paulista, Bernardo disse que terá uma reunião com os técnicos do ministério na quinta-feira (17) para definir que programas e projetos terão de ser cortados. "Vamos trabalhar com o orçamento que for definido para nós e vamos ter de nos adequar", afirmou. "Vamos ter de cortar viagens, diárias, uma série de coisas. O Ministério das Comunicações vai fazer tudo isso."

Apesar da restrição orçamentária, Bernardo disse acreditar que os projetos prioritários do ministério deverão ser mantidos. "O relato que recebi é de que esses (os principais programas) serão preservados", afirmou.

De acordo com ele, a Telebrás não sofrerá cortes e deverá ainda receber R$ 300 milhões previstos no Orçamento da União. "A Telebrás não teve cortes no orçamento porque as estatais têm orçamentos separados da União", explicou. "O que tem na Telebrás que pode ser afetado é o repasse do Tesouro de R$ 300 milhões, mas ele não será afetado."

Segundo Bernardo, entre os projetos prioritários do Ministério das Comunicações estão o de popularização da banda larga e os programas de inclusão digital, como os telecentros. "Até onde sei, uma boa parte desses recursos está reservada para a gente trabalhar sem problemas", afirmou.

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