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Basileia 3 deve afetar crédito, alerta BNDES

Para cumprir as novas regras do acordo, o BNDES precisaria manter reservas imobilizadas de no mínimo 400 milhões de dólares por an

A instituição foi uma das poucas convidadas a participar de um encontro em Genebra com os maiores bancos do mundo (Divulgação/BNDES)

A instituição foi uma das poucas convidadas a participar de um encontro em Genebra com os maiores bancos do mundo (Divulgação/BNDES)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2010 às 09h18.

Genebra - A entrada em vigor do acordo da Basileia 3 poderá afetar diretamente a capacidade do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dos demais bancos de garantir linhas de crédito para exportação de produtos de alto valor agregado. O alerta foi feito ontem pela superintendente de Comércio Exterior do BNDES, Luciene Ferreira Machado, que representou o banco em um encontro a portas fechadas em Genebra.

A instituição foi uma das poucas convidadas a participar de um encontro em Genebra com os maiores bancos do mundo, exatamente para tratar da questão do financiamento ao comércio. Só o BNDES, que terá de seguir as regras do acordo da Basileia 3, calcula que precisaria manter reservas imobilizadas de no mínimo US$ 400 milhões por ano para cumprir as novas exigências da regulamentação, apenas para manter suas atuais operações. O valor do capital imobilizado, porém, poderia eventualmente chegar a US$ 4 bilhão, dependendo ainda das negociações internacionais e de como cada país adotará as regras.

“A preocupação dos bancos é muito grande”, disse Luciene que representou o BNDES no evento. Além do banco brasileiro, estavam no encontro o Citibank, JPMorgan, Commerzbank, HSBC, BNP, Royal Bank of Scotland e outros gigantes. Para esses bancos, a nova regulamentação ameaça encarecer as operações de comércio exterior. 

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