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Barbosa diz que denúncias de Valério devem ser investigadas

Presidente do Supremo Tribunal Federal afirmou que novas informações devem ser investigadas, mas qualquer fato novo não irá interferir na ação penal do mensalão


	Joaquim Barbosa, o novo presidente do STF: ministro não quis fazer juízo de valor sobre as novas declarações de Valério dadas à Procuradoria-Geral da República
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Joaquim Barbosa, o novo presidente do STF: ministro não quis fazer juízo de valor sobre as novas declarações de Valério dadas à Procuradoria-Geral da República (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 13h44.

Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou nesta terça-feira que novas informações trazidas pelo empresário Marcos Valério devem ser investigadas, mas qualquer fato novo não irá interferir na ação penal do chamado mensalão, em fase final de julgamento na corte.

Barbosa, entretanto, não quis fazer juízo de valor sobre as novas declarações de Valério dadas à Procuradoria-Geral da República (PGR) -- e não confirmadas oficialmente pelo órgão.

"Deveriam, sim", disse ele à Reuters, por telefone, ao ser perguntado se novas denúncias precisam ser investigadas.

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta terça, Valério disse à PGR que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria dado o aval para os empréstimos tomados pelo PT no Banco Rural, dentro do valerioduto, esquema operado por Marcos Valério e que alimentou o mensalão. Lula também teria tido gastos pessoais pagos com os recursos.

A assessoria do ex-presidente Lula afirmou que ele não vai comentar as afirmações atribuídas a um depoimento do empresário Marcos Valério à PGR. Lula está em Paris, onde participa de evento ao lado da presidente Dilma Rousseff.

O mensalão é como ficou conhecido o esquema de compra de apoio político no Congresso no começo da primeira gestão de Lula e que está em julgamento desde agosto pelo STF e resultou na condenação de 25 dos 40 réus, entre eles o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu.

Marcos Valério foi condenado à pena mais alta entre os réus: 40 anos de prisão, além de multa de mais de 1 milhão de reais.

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