Brasil

Barbosa apresentou posição sobre pleito de estados

arbosa afirmou que o entendimento do STF a favor de alguns Estados pode influenciar a tramitação do alongamento da dívida dos Estados proposto pela Fazenda


	Nelson Barbosa: o ministro lembrou que num momento como este, de dificuldade econômica, todos passam por dificuldades
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Nelson Barbosa: o ministro lembrou que num momento como este, de dificuldade econômica, todos passam por dificuldades (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2016 às 15h41.

Brasília - Com a inclusão de Minas Gerais entre os Estados que podem alterar a interpretação da utilização de juros compostos nas suas dívidas com a União, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, defendeu mais uma vez a posição do governo.

Barbosa afirmou que o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) a favor de alguns Estados pode influenciar a tramitação do alongamento da dívida dos Estados proposto pela Fazenda.

"Obviamente, o que for a situação que o Supremo entender adequada, vai influenciar a tramitação desse processo", disse ao deixar o gabinete do ministro Luiz Edson Fachin, relator do mandado de segurança que concedeu o benefício a Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

O ministro disse entender a dificuldade financeira dos Estados, mas lembrou que num momento como este, de dificuldade econômica, todos passam por dificuldades, inclusive as empresas e famílias e frisou que a União ofereceu ajuda aos Estados através do projeto de alongamento da dívida.

"Nesse momento que a economia brasileira passa, vários agentes, famílias, empresas e governos estão enfrentando dificuldades de caixa e tendo receitas menores do que se esperava", disse.

Com a pressa pedida pelo ministério da Fazenda, Fachin afirmou que há condição de julgar o mérito da questão ainda este mês, mas que antes irá intermediar uma reunião entre a Fazenda, os governadores e o Supremo.

"Para que isso possa trazer elementos que sejam relevantes ao julgamento da matéria", afirmou após a reunião. O encontro está marcado para a próxima terça-feira.

O ministro da Fazenda ressaltou, mais uma vez, que a União considera o pleito dos Estados "equivocado do ponto de vista financeiro" e reafirmou os riscos fiscais e macroeconômicos da decisão benéfica aos Estados.

"Não só na relação entre os Estados e a União, mas também para vários outros tipos de contrato financeiros", justificou.

Um dos receios da Fazenda é de que diversos contratos baseados em juros compostos sejam questionados para a utilização de juros simples.

"Temos exemplos clássicos para fundamentar a posição da União", afirmou.

Questionado se há uma divergência entre o que está determinado na lei e no decreto que regulamenta a renegociação, Barbosa foi enfático e disse que "não há diferença entre a lei e o decreto". "A lei fala claramente da taxa de juros acumulada e todo o entendimento que se tem sobre o que é uma taxa de juros acumulada é a aplicação de juros compostos", frisou.

Agora, a Advocacia-Geral da União apresentará um memorando ao Supremo para argumentar a favor do governo.O Estado de Alagoas também entrou com o pedido, mas a decisão será tomada pelo ministro Luiz Fux.

Essa é a segunda vez que Barbosa vai ao Supremo falar sobre o tema. O ministro quer conversar com todos os magistrados para apresentar a posição da Fazenda.

Na última sexta-feira, Barbosa se reuniu com o presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski.

Acompanhe tudo sobre:Dívida públicaEconomistasEstados brasileirosNelson Barbosa

Mais de Brasil

Inmet emite alerta de 'grande perigo' enquanto chuva atinge 18 estados; veja previsão

Após sucesso de ‘Ainda Estou Aqui’, Lula cria Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia

Coalizão lança manifesto assinado por mais de 60 entidades contra decisão de Zuckerberg sobre Meta

Ministro da Defesa reforça apoio às investigações do 8/1: ‘Essa será a grande festa’