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Bancos também pagavam propina para máfia do ISS, diz delator

Segundo a Folha de S. Paulo, além das construtoras, bancos e outras empresas também pagavam propina para fiscais que desviavam dinheiro do Imposto Sobre Serviços

Idosos usam caixa eletrônico: segundo delator, bancos também pagaram propina para fiscais da máfia do ISS em São Paulo (Marcos Santos /USP Imagens)

Idosos usam caixa eletrônico: segundo delator, bancos também pagaram propina para fiscais da máfia do ISS em São Paulo (Marcos Santos /USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 08h14.

São Paulo – O delator da máfia do ISS em São Paulo, o auditor fiscal Luis Alexandre Magalhães, revelou em novo depoimento ao Ministério Público que, além de construtoras, bancos e empresas de outros setores também pagavam propina para receber descontos no Imposto Sobre Serviços (ISS) devido à Prefeitura. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo Magalhães, o esquema envolvia outros fiscais, comandados por Ronilson Bezerra Rodrigues, subsecretário da Receita da gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). O delator afirmou que o subsecretário chegou a arrecadar R$ 6 milhões  em apena uma semana.

Procurado pela Folha, o advogado de Rodrigues afirmou que não tinha conhecimento do novo depoimento e que a acusação é falsa e um "absurdo".

Nesta quinta-feira, o Ministério Público encontrou R$ 72 mil em cédulas em um cofre em apartamento pertencente a Rodrigues. Há duas semanas, outros R$ 88 mil também foram achados num cofre confiscado em uma sala comercial no Largo da Misericórdia usada por ele.

De acordo com a Folha, a Controladoria-Geral do Município também investiga auditores de outras áreas além do setor de quitação do ISS para liberação do Habite-se de empreendimentos imobiliários. (Veja empresas e prédios na lista da propina de fiscais).

Segundo a reportagem, alguns dos funcionários estariam entre os dez nomes citados por Magalhães como integrantes da máfia do imposto. A Controladoria e a Procuradoria não divulgaram os nomes dos funcionários nem das novas empresas denunciadas.

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