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BC bloqueia contas de executivos detidos na Lava Jato

Banco Central embargou R$ 47,8 milhões depositados nas contas bancárias pessoais de 16 executivos detidos na semana passada

Agentes da Polícia Federal durante a sétima fase da Operação Lava Jato, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

Agentes da Polícia Federal durante a sétima fase da Operação Lava Jato, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2014 às 18h53.

Rio de Janeiro - O Banco Central informou nesta quinta-feira que embargou R$ 47,8 milhões depositados nas contas bancárias pessoais de 16 executivos detidos na semana passada pela Operação Lava Jato.

O organismo informou o valor embargado em comunicado enviado ao juiz federal Sérgio Moro, que nesta semana ordenou a suspensão do sigilo bancário e fiscal e o bloqueio das contas bancárias de 16 dos 24 executivos acusados de desviar recursos da Petrobras, além de três empresas ligadas aos investigados.

Segundo o Banco Central, o valor embargado pode elevar-se nos próximos dias na medida em que sejam identificados outros depósitos dos executivos.

O organismo admitiu que as contas de dois dos acusados estavam vazias, mas não esclareceu se os recursos foram retirados nos últimos dias perante o possível temor dos proprietários que a justiça os embargasse.

O valor identificado nas contas bancárias dos acusados é muito inferior aos R$ 720 milhões que a Justiça esperava embargar.

Um dos afetados pelo embargo foi o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, acusado de receber subornos dirigidos a partidos políticos em troca da adjudicação de contratos da companhia petrolífera às construtoras, que eram faturados por um preço muito superior ao inicialmente estipulado.

O Banco Central bloqueou R$ 3,247 milhões nas contas de Duque.

A conta mais avultada entre as bloqueadas é a do vice-presidente da construtora Engevix, Gerson de Mello Almada, na qual foram embargados R$ 20 milhões.

O embargo se estende a executivos de algumas das mais importantes construtoras do país, como Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Mendes Júnior, OAS, Iesa, UTC Participações e Engevix.

Alguns dos executivos presos já admitiram em interrogatórios à Polícia Federal que pagaram propinas a funcionários que faziam parte da rede de corrupção na Petrobras.

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