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Bancários decidem entrar em greve por tempo indeterminado

Funcionários do bancos iniciaram greve por tempo indeterminado, para reivindicar melhores salários e condições de trabalho

Greve dos bancários: a maioria das agências estava com suas portas fechadas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 13h36.

Rio de Janeiro - Os funcionários do bancos públicos e privados iniciaram nesta terça-feira uma greve por tempo indeterminado em reivindicação de melhores salários e condições de trabalho, informaram fontes sindicais.

"A greve foi aprovada em assembleias por sindicatos regionais em todos os estados e começou com uma grande adesão, mas ainda não sabemos quantas filiais amanheceram fechadas", disse à Agência Efe um porta-voz da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).

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Pelo menos nas principais cidades do país a maioria das agências estava com suas portas fechadas e decoradas com adesivos dos sindicatos explicando as razões da paralisação.

Os sindicatos tinham ameaçado fazer uma paralisação há algumas semanas mas optaram por iniciá-la apenas nesta terça-feira, a somente cinco dias das eleições presidenciais, legislativas e regionais, como forma de elevar seu poder de pressão.

Os grevistas reivindicam um reajuste salarial de 12,5%, muito acima dos 7,35% proposto pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), assim como um salário mínimo para o setor de R$ 2,9 mil, quase quatro vezes o mínimo nacional.

Os grevistas também pedem garantias de estabilidade de emprego, eliminação de supostas metas abusivas impostas por alguns bancos, combate ao assédio moral e investimentos em segurança para reduzir o número de assaltos.

A Contraf, que representa 90% dos cerca de 511 mil funcionários do setor bancário, assegurou que manterá a greve até que a Febraban aceite suas reivindicações e afirmou que por enquanto não há nenhuma negociação convocada.

Os empregados dos bancos realizaram no ano passado nesta mesma época uma greve que se estendeu por 23 dias e com a qual conseguiram um reajuste salarial de 8%, inferior ao que foi reivindicado, mas superior ao proposto pela patronal.

O sindicato alega que os seis maiores bancos do país obtiveram no ano passado um lucro líquido recorde de R$ 56,7 bilhões em parte alimentado com demissões e a contratação de novos empregados com salários menores.

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