Bancada religiosa protesta contra Parada Gay durante votação
Parlamentares criticaram ato realizado na Parada Gay, no qual, sob os dizeres "basta de homofobia GLBT", uma transsexual encenou estar sendo crucificada
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2015 às 21h41.
Brasília - Com a anuência do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deputados da bancada religiosa interromperam a votação de um dos itens da reforma política para protestar contra o que chamaram de "cenas blasfemas" praticadas durante a 19ª Parada Gay de São Paulo, no último final de semana.
Empunhando cartazes com imagens da Parada Gay e de manifestações conhecidas como 'Marcha das Vadias' e 'Marcha da Maconha', os parlamentares se enfileiraram atrás da Mesa Diretora presidida por Cunha, que é membro da Assembleia de Deus em Madureira, gritaram por diversas vezes a palavra "respeito" e rezaram em coro o "Pai Nosso".
O alvo dos parlamentares da bancada religiosa foi um ato realizado na Parada Gay, na qual, sob os dizeres "basta de homofobia GLBT", uma transsexual encenou estar sendo crucificada.
Hoje, o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), que ficou conhecido por ter proposto no início desta semana um projeto que torna crime hediondo o que o deputado chama de "cristofobia" (ultraje, impedimento ou perturbação de cultos religiosos), disse que o "país assistiu cenas blasfemas".
"Alguns manifestantes, ao fazer atos blasfemos de intolerância religiosa, colocam o que existe de mais sagrado - a família - numa situação difícil".
Já o deputado João Campos (PSDB-GO), quem em 2013 ficou famoso ao encampar o projeto da "cura gay", disse nesta noite que os "ativistas LGBT cometeram crime de profanação contra o símbolo religioso".
Reação
O deputado Roberto Freire (SP), que é presidente do PPS, reagiu à manifestação religiosa ocorrida no Plenário da Câmara e destacou a laicidade do Estado.
"Nós vivemos numa República laica e não (se) pode transformar esse Plenário - até para respeitar quem não tem profissão de fé religiosa - numa igreja. Não pode ter aqui nenhuma reza", protestou, quando foi fortemente vaiado por outros deputados. "Respeitem a república laica brasileira", concluiu. A votação foi retomada na sequência.
Brasília - Com a anuência do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deputados da bancada religiosa interromperam a votação de um dos itens da reforma política para protestar contra o que chamaram de "cenas blasfemas" praticadas durante a 19ª Parada Gay de São Paulo, no último final de semana.
Empunhando cartazes com imagens da Parada Gay e de manifestações conhecidas como 'Marcha das Vadias' e 'Marcha da Maconha', os parlamentares se enfileiraram atrás da Mesa Diretora presidida por Cunha, que é membro da Assembleia de Deus em Madureira, gritaram por diversas vezes a palavra "respeito" e rezaram em coro o "Pai Nosso".
O alvo dos parlamentares da bancada religiosa foi um ato realizado na Parada Gay, na qual, sob os dizeres "basta de homofobia GLBT", uma transsexual encenou estar sendo crucificada.
Hoje, o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), que ficou conhecido por ter proposto no início desta semana um projeto que torna crime hediondo o que o deputado chama de "cristofobia" (ultraje, impedimento ou perturbação de cultos religiosos), disse que o "país assistiu cenas blasfemas".
"Alguns manifestantes, ao fazer atos blasfemos de intolerância religiosa, colocam o que existe de mais sagrado - a família - numa situação difícil".
Já o deputado João Campos (PSDB-GO), quem em 2013 ficou famoso ao encampar o projeto da "cura gay", disse nesta noite que os "ativistas LGBT cometeram crime de profanação contra o símbolo religioso".
Reação
O deputado Roberto Freire (SP), que é presidente do PPS, reagiu à manifestação religiosa ocorrida no Plenário da Câmara e destacou a laicidade do Estado.
"Nós vivemos numa República laica e não (se) pode transformar esse Plenário - até para respeitar quem não tem profissão de fé religiosa - numa igreja. Não pode ter aqui nenhuma reza", protestou, quando foi fortemente vaiado por outros deputados. "Respeitem a república laica brasileira", concluiu. A votação foi retomada na sequência.