Brasil

Balanço do Mais Médicos deve mostrar lacunas ainda abertas

Até a manhã dessa segunda-feira, dos 8.411 candidatos inscritos no programa, 2.476 ainda não tinham se apresentado nos municípios

Mais Médicos: governo informa que 30% das vagas ainda não foram preenchidas

Mais Médicos: governo informa que 30% das vagas ainda não foram preenchidas

DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2018 às 06h10.

Última atualização em 19 de dezembro de 2018 às 06h33.

O Ministério da Saúde deve divulgar, nesta quarta-feira (19), um balanço das vagas oferecidas pelo programa Mais Médicos. A ideia é que profissionais brasileiros e estrangeiros possam voltar a escolher os postos de trabalho ainda não preenchidos até o início de janeiro do próximo ano. O edital dessa nova edição do programa foi aberto em 20 de novembro, e segundo o último informe do governo, 30% das vagas disponíveis ainda não haviam sido preenchidas até essa segunda-feira.

Ontem, foi o último dia para que médicos com certificação brasileira (CRM) se apresentassem nos municípios em que escolheram atuar. Após o balanço que o Ministério da Saúde irá fazer nesta quarta-feira, esses mesmos profissionais terão de 20 a 22 de dezembro para participar de um novo processo de escolha no caso vagas remanescentes. De 27 a 28 de dezembro, médicos brasileiros formados no exterior também poderão se inscrever para as vagas que sobrarem. Por fim, de três a quatro de janeiro, estrangeiros formados fora do Brasil irão poder disputar os postos disponíveis.

Criado em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), o mais médicos atende hoje cerca de 63 milhões de pessoas espalhadas em mais de quatro mil municípios e 34 áreas indígenas. De acordo com dados do governo divulgados em 2016, o programa representava 100% da cobertura de Atenção Básica em 1 100 municípios atendidos pelo programa.

Após críticas feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o governo cubano decidiu retirar os quase 8.400 profissionais que atuavam no país. Bolsonaro queria que os profissionais ficassem com o salário integral pago pelo governo brasileiro, e afirmou que os médicos cubanos precisariam passar pelo revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos), teste que nunca foi obrigatório para nenhum profissional formado no exterior e participante do Mais Médicos, Agora, o Ministério da saúde tenta tapar a lacuna deixada pelos cubanos.

Até a manhã dessa segunda-feira (17), dos 8.411 candidatos inscritos no programa, 2.476 ainda não tinham se apresentado nos municípios para consolidar o interesse em atender à região escolhida. Esse número representa 30% do total de médicos inscritos. O plano é fazer novas chamadas até preencher as vagas.

Acompanhe tudo sobre:CubaExame HojeJair BolsonaroMais MédicosMinistério da Saúde

Mais de Brasil

PF envia ao STF pedido para anular delação de Mauro Cid por contradições

Barroso diz que golpe de Estado esteve 'mais próximo do que imaginávamos'

Plano de assassinato de Lula surpreende Planalto: é pior que o 8 de janeiro, dizem assessores

Biometano pode abastecer metade da energia para a indústria de SP, diz secretária do Meio Ambiente