Avanço do crack em SP afeta saúde e assistência
Droga é usada regularmente por cerca de 350 mil pessoas no Estado
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2014 às 22h19.
São Paulo - As áreas de saúde e assistência social são as duas mais afetadas pelo avanço do crack no interior de São Paulo, segundo as prefeituras municipais.
A droga, que surgiu no Brasil há 25 anos, é usada regularmente por cerca de 350 mil pessoas no Estado.
Presente em pelo menos 94% das cidades paulistas, a droga virou um desafio para gestores, principalmente, dos municípios pequenos e médios, onde falta estrutura para atendimento dos dependentes, gente capacitada e ações integradas para enfrentar o problema.
"Hoje não temos estrutura técnica nem física para operar esse tratamento. Pelos números que temos, praticamente não existe estrutura e os municípios não têm condição de fazer o enfrentamento sozinhos", afirma o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski.
"Das 645 cidades de São Paulo, 94% declararam ter o crack como droga presente e mais de 70% disseram enfrentar problemas. É um número bastante elevado."
Em um questionário específico sobre quais áreas eram as mais prejudicadas, a saúde foi a área mais citada como afetada pelo problema do crack (28%), como era de se esperar.
São os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps-AD) a porta de entrada para os dependentes na rede pública de saúde.
O serviço especializado gerido pelos municípios, mas custeado pela União via Sistema Único de Saúde (SUS), é um bom termômetro para se verificar os estragos gerados pelo avanço a droga.
"O problema é que o número de unidades é insuficiente e as equipes não são bem treinadas", avalia o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, que estuda e trata usuários de droga na Universidade Federal de São Paulo.
A segunda área apontada como a que mais sofre reflexos da droga é a assistência social, com 26%, e a segurança foi apontada como terceiro item mais afetado, com 20%.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu nesta quarta-feira, 4, que a dependência química é uma doença que precisa de tratamento médico, em seu programa Conversa com o Governador.
"Nós combatemos o tráfico com ação firme da PM e investigação da Polícia Civil. De outro lado, com tratamento de saúde para aqueles que são doentes."
São Paulo - As áreas de saúde e assistência social são as duas mais afetadas pelo avanço do crack no interior de São Paulo, segundo as prefeituras municipais.
A droga, que surgiu no Brasil há 25 anos, é usada regularmente por cerca de 350 mil pessoas no Estado.
Presente em pelo menos 94% das cidades paulistas, a droga virou um desafio para gestores, principalmente, dos municípios pequenos e médios, onde falta estrutura para atendimento dos dependentes, gente capacitada e ações integradas para enfrentar o problema.
"Hoje não temos estrutura técnica nem física para operar esse tratamento. Pelos números que temos, praticamente não existe estrutura e os municípios não têm condição de fazer o enfrentamento sozinhos", afirma o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski.
"Das 645 cidades de São Paulo, 94% declararam ter o crack como droga presente e mais de 70% disseram enfrentar problemas. É um número bastante elevado."
Em um questionário específico sobre quais áreas eram as mais prejudicadas, a saúde foi a área mais citada como afetada pelo problema do crack (28%), como era de se esperar.
São os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps-AD) a porta de entrada para os dependentes na rede pública de saúde.
O serviço especializado gerido pelos municípios, mas custeado pela União via Sistema Único de Saúde (SUS), é um bom termômetro para se verificar os estragos gerados pelo avanço a droga.
"O problema é que o número de unidades é insuficiente e as equipes não são bem treinadas", avalia o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, que estuda e trata usuários de droga na Universidade Federal de São Paulo.
A segunda área apontada como a que mais sofre reflexos da droga é a assistência social, com 26%, e a segurança foi apontada como terceiro item mais afetado, com 20%.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu nesta quarta-feira, 4, que a dependência química é uma doença que precisa de tratamento médico, em seu programa Conversa com o Governador.
"Nós combatemos o tráfico com ação firme da PM e investigação da Polícia Civil. De outro lado, com tratamento de saúde para aqueles que são doentes."