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Autorizar Forças Armadas em presídios é uma ousadia, diz Temer

"Quando nós fazemos essas propostas, nós estamos ousando", disse o presidente

Michel Temer: ele ressaltou, contudo, que o trabalho dos militares ficará restrito à inspeção (Beto Barata/PR/Agência Brasil)

Michel Temer: ele ressaltou, contudo, que o trabalho dos militares ficará restrito à inspeção (Beto Barata/PR/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 14h54.

Última atualização em 18 de janeiro de 2017 às 15h38.

O presidente Michel Temer ressaltou como uma ousadia a decisão anunciada ontem (17) de autorizar a atuação das Forças Armadas nos presídios bem como as medidas empreendidas pelo governo nos últimos meses, como as propostas de controle dos gastos públicos e de reforma da Previdência.

"Estamos sendo ousados, convenhamos. Quando nós fazemos essas propostas, nós estamos ousando", disse o presidente, no Palácio do Planalto, durante o lançamento de um projeto do Sebrae que libera crédito para pequenos empreendedores.

Para Temer, a situação das penitenciárias brasileiras é um "drama infernal", que requer mais do que coragem e "certa ousadia" para ser combatido.

"Pela primeira vez, com um drama infernal que ocorre hoje nas penitenciárias do país, nós tivemos um diálogo muito produtivo com o setor de defesa, e as Forças Armadas se dispuseram a fazer as inspeções nos presídios. Porque elas tem uma grande credibilidade, em primeiro lugar, e, em segundo lugar, uma grande autoridade", afirmou.

Temer ressaltou, contudo, que o trabalho dos militares ficará restrito à inspeção e eles não terão contato direto com os detentos. "[As Forças] não terão evidentemente contato com os presos, mas terão, isto sim, a possibilidade da inspeção em todos os presídios brasileiros. É uma ousadia, mas é uma ousadia que o Brasil necessita e dá certo", completou Temer.

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