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Ausência da PF onde Cachoeira cumpre prisão será apurada

Cachoeira recebeu ontem à noite a visita de um oficial de Justiça, após denúncia de que ele havia saído do local sem autorização


	Carlinhos Cachoeira: réu recebeu ontem à noite a visita de um oficial de Justiça, após denúncia de que ele havia saído do local sem autorização
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Carlinhos Cachoeira: réu recebeu ontem à noite a visita de um oficial de Justiça, após denúncia de que ele havia saído do local sem autorização (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2016 às 16h29.

A Justiça Federal sugeriu abertura de inquérito policial para apurar a ausência da Polícia Federal no hotel onde o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, cumpre prisão domiciliar na zona sul do Rio de Janeiro.

Réu em processo que envolve esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, Cachoeira recebeu ontem (20) à noite a visita de um oficial de Justiça, após denúncia de que ele havia saído do local sem autorização.

Cachoeira e um advogado que estava no quarto disseram ao oficial de Justiça que, por volta das 15h de ontem, dois agentes da Polícia federal estiveram no local para conferir o cumprimento da prisão domiciliar.

A partir dessas informações, o desembargador federal Abel Gomes determinou a comunicação do resultado da diligência ao Ministério Público Federal, “inclusive no que toca à ausência de vigilância da Polícia Federal no local, avaliando como é de sua atribuição, a conveniência de instauração de inquérito policial”, de acordo com o despacho.

A Polícia Federal informou que o monitoramento da prisão domiciliar de Cachoeira ocorre nos exatos termos acordados com o MPF. A assessoria do MPF disse que não comentará o caso.

Gomes é relator dos pedidos de habeas corpus apresentados por cinco réus envolvidos na Operação Saqueador, que também prendeu os empresários Adir Assad e Marcelo Abbud, donos de empresas consideradas fantasmas pelo MPF, e o ex-diretor da Delta no Centro-Oeste e Distrito Federal Cláudio Abreu.

O dono da Delta, Fernando Cavendish, estava no exterior e foi preso quando chegou ao Rio, no dia 2 de julho. Eles são acusados de liderar um esquema de lavagem de dinheiro público responsável pelo desvio de mais de R$ 370 milhões para o pagamento de propina a agentes públicos.

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