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Atores protestam em Cannes contra genocídio indígena no Brasil

A equipe de "Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos" protestou com cartazes "Pelo fim do genocídio indígena" e "Demarcação já" no tapete vermelho de Cannes

Cannes: líderes indígenas acusam o governo Temer de se negar a demarcar as terras indígenas e favorecer os empresários rurais (Jean-Paul Pelissier/Reuters)
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AFP

Publicado em 17 de maio de 2018 às 10h05.

A equipe do filme "Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos" denunciou no tapete vermelho de Cannes o "genocídio indígena" no Brasil com cartazes em vários idiomas.

A produção da brasileira Renée Nader Messora e do português João Salaviza, exibida na mostra Um Certo Olhar, foi filmada na comunidade Krahô, no estado de Tocantins, durante nove meses.

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Os dois cineastas, assim como os protagonistas do filme, Ihjãc Krahô e Koto Krahô, e os produtores compareceram à exibição com roupas pretas e cartazes de protesto.

"Pelo fim do genocídio indígena" e "Demarcação já", afirmavam os cartazes em português, inglês e francês.

O protesto responde à mobilização de líderes indígenas no Brasil, que acusam o governo do presidente Michel Temer de se negar a demarcar as terras indígenas e favorecer os empresários rurais.

Em uma entrevista à AFP, Renée Nader Messora e João Salaviza criticaram o "perigoso discurso" político atual que "nega" aos índios sua condição, simplesmente porque adotam costumes ocidentais, como usar roupas ou ter um celular.

"Ser indígena é um modo de ser e não de aparentar", declarou Salaviza.

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